E a 1ª fase do Campeonato Mineiro se findou. Já era tempo de acabar com essa milonga.
O Atlético terminou líder, da 1ª fase do estadual, com 87% de aproveitamento, 26 gols marcados e apenas sete sofridos. Foram 11 partidas com nove vitórias atleticanas, dois empates e nenhuma derrota. De diferente dos últimos anos é isso mesmo, o fato de não perder para os debilitados times do interior. Ou melhor, a sequência de nove vitórias seguida no Campeonato Mineiro, e mais uma pela Copa do Brasil. Fato que não acontecia há 36 anos, mais precisamente em 1976, onde o Clube venceu 17 seguidas e foi campeão mineiro. Era um Galo de respeito com Dionísio, Ortiz, Getúlio, Modesto, Cerezo e Vantuir, Marinho, Danival, Reinaldo, Paulo Isidoro e Marcelo. Que nem de longe se parece com o que temos hoje, a começar pelo caráter.
Não acho que o Alvinegro tenha mostrado um futebol convincente. Tudo o que jogou foi apenas o suficiente para manter a invencibilidade. O time se mostrou disciplinado e repetitivo. A coerência incoerente de Cuca o levou a deixar no banco de reservas, na maioria das partidas, uma jóia que o Clube descobriu recentemente, Fillipe Souto. No lugar dele o reforço Leandro Donizete manteve o nível mas, a Massa queria os dois em campo. Seria possível professor? Acho que não, o jeito será optar por um dos dois mesmo, porque do outro lado tem o volante Pierre. Veio de empréstimo do Palmeiras para ser titular absoluto do Galo. Outro reforço que faz jus à palavra é Escudero. Tem mostrado ser um bom jogador e peça fundamental no time atleticano. Finalmente, Serginho deixou de ser titular absoluto e figurou pouco no time. A máscara dele está caindo. E nossa esperança é que ele seja negociado em breve.
Com Leonardo Silva ainda em tratamento, Réver teve como companheiro da zaga um outro reforço, Rafael Marques. A dupla vinha bem até a falha de Rafael Marques no clássico contra as meninas e a troca de camisa de Réver ao final deste. Traição!
Lá na frente Bernard, que precisa ganhar massa e força no pé, vinha bem até machucar e ficar fora do time. O meia Mancini vez ou outra figura no time, marcou três gols, porém ainda acredito que pouco acrescenta. O jogador Danilinho voltou ao time e mostrou que podemos contar com ele. Mas, só nos clássicos. Eita jogador que gosta de fazer gol nesse tipo de jogo. O atacante Guilherme ainda não justificou tamanho investimento do Galo mas, com relação ao ano passado, evolui. É dono das melhores jogadas do ataque e de quatro gols. Ao lado de André, que tem oito gols, fez do ataque atleticano mais efetivo. Só acho que ele, o Guilherme, ainda não tem coragem de fazer gol no ex-clube. Ainda durmo penando em como ele errou aquele chute. Mesmo com a preferência de Cuca pelo ataque citado, Neto Berola não é carta fora do baralho. Sempre entra no time e mostra que faz parte da trupe. Nossas laterais é o tal do seis por meia dúzia. À direita Marcos Rocha começou o ano parecendo que destoaria mas, é muito parecido com o concorrente da posição, o Carlos César. Do outro lado, o esquerdo, Richarlyson é o dono da posição e o seu concorrente direto, Triguinho, tem figurado muito pouco no time. Me pergunto se ele tem ido tão mal assim nos treinos para não ficar, em muitas vezes, nem entre os relacionados para o banco de reservas. O que acontece? O que acontece também com as promessas de reforços que nunca chegam? Cadê o nosso camisa 10, nosso 1, nosso 6, no mínimo?
A impressão que tenho é que o Galo realmente forte aguarda o melhor momento para aparecer. Quem sabe não o veremos na final em uma reedição dos últimos anos mas, com o resultado bem favorável ao Alvinegro…
O penúltimo jogo, aquele que deveria ser o teste real deste início de temporada, o clássico mineiro, o Atlético foi superior o 1º tempo inteiro, e até no 2º tempo quando não mostrou muito o futebol. O empate aconteceu, e a quase tragédia também, pelo emocional do time que sentiu o primeiro gol e desconfiou de seu fiel arqueiro, Renan Ribeiro. Ah Renan! Você foi linchado pela própria torcida no jogo errado. As vaias e o ressentimento não foram pela falha no clássico, nem acredito que esta tenha acontecido, foi pela constante desconfiança que passa ao sair errado para defender o seu gol, por exemplo. Vista a camisa nº 1 rapaz! Aquela mesmo que vestiu os melhores goleiros que passaram por aqui. Assuma a responsabilidade de ser o número 1, saia da sombra desse número 30 que atrapalha e passa a sensação de ser um eterno teste, uma promessa, seja realidade, cresça. Se o criticamos, se o vaiamos, nos desculpe. Nossa carência por um bom arqueiro nos fez acreditar demais que você fosse a solução para o gol do nosso time. Nos prove que você ainda pode. Queremos lhe abraçar!
O último jogo, o contra o Tupi, mais um empate, desta vez sem gols. Um simples resultado que garantiu ao Atlético a liderança do estadual e as vantagens na semi e final, se chegarmos até lá, e ao Tupi representou a classificação para a semifinal, muitos dizem que foi uma partida de compadres.
Como estou me esforçando para viver em um mundo futebolístico ilusório e esquecer um jogo que aconteceu nos momentos finais do ano passado, prefiro acreditar que o Alvinegro optou por esconder o seu verdadeiro jogo. Afinal, o Tupi é o nosso adversário na semi. Não entregaríamos o ouro ao nosso próximo inimigo. Não é verdade?
Com a liderança na fase inicial, o Galo terá a vantagem de jogar por dois resultados iguais na semifinal e também na final, caso passe pelo Tupi. Avante Galo!
Saudações Atleticanas!!!