#41 vezes Galo

por Priscila Oliveira

Depois de 36 anos, o Atlético sagrou-se campeão invicto do Campeonato Mineiro. Foram 15 jogos, 12 vitórias e 3 empates.

Apesar da bela campanha, a equipe atleticana não havia feito um jogo realmente convincente na competição. Os bons resultados foram alcançados mais pela fragilidade dos adversários que pelo futebol apresentado.

Não havia jogado bem até a partida derradeira da final do Mineiro, mais precisamente o 2º jogo da final contra o centenário América. 

No 1º jogo dessa final no estádio Independência no domingo, 6 de maio, o Atlético foi um time de um tempo só e acabou empatando em 1 a 1 com o coelho, com gol de André aos 35 minutos do 2º tempo. Fez um bom 1º tempo e poderia ter vencido por goleada, mas a equipe desperdiçou muitas chances, principalmente com André (vice-artilheiro) da competição. No último minuto de jogo, o América conseguiu empatar com um gol ilegal.

Um empate na 2ª partida seria suficiente para o título mas, o Galo fez mais. O futebol foi diferente de qualquer outro jogo deste ano. No último domingo, 13 de maio, novamente no Independência (Arena do Galo), o Alvinegro se mostrou diferente, envolvente, como se o time quisesse provar que quando ‘quer’ pode ir mais longe, pode ‘fazer mais’. Foram 90 minutos de concentração, raça e vontade de vencer. O resultado foi a incontestável vitória de 3 a 0 sobre o coelho (um gol de Serginho aos 31’ do 1ºT e dois gols de Bernard aos 30’ do 1ºT e aos 32' do 2ºT). Incontestável assim como a campanha invicta.

Os 2 a 0 ainda na etapa inicial fez a Massa já soltar o grito de “É CAMpeão”! Que ecoou no estádio e por toda a grande BH e o estado mineiro, em uma grande festa. Na capital o lugar da comemoração foi a Sede de Lourdes, mais uma vez tomada por Atleticanos que aguardavam os campeões que chegaram no carros do corpo de bombeiros. 

Todo o título deve ser comemorado, em qualquer situação. Mas, que o título não esconda tudo o que o Atlético precisa para ser um ‘time’ de verdade. Cuja constante seja bons jogos, vitórias, gols, bons números, regularidade e não viva apenas de isoladas partidas de brilhantismo. Afinal, não dá para viver só de raça. Foi se o tempo em que jogadores que quer aparecer ludibriava a torcida. Hoje é preciso técnica. Se tiver tudo isso junto, será um time imbatível.

No momento, mais que técnica, o Galo ainda precisa de um treinador mais destemido, um goleiro que passe o mínimo de segurança, um atacante efetivo e verdadeiro laterais. Esses últimos há uma vida, precisamos deles. O camisa 10 parece que encontramos disfarçado de atacante. Chega de cornetagem! A semana é de comemoração, é preciso dar uma trégua.

Que os jogadores tenham sentido o gosto deste título e assimilado como é bom ser CAMpeão, ainda mais pelo Galo. Como é bom estar em paz com a Massa. Vamos torcer mais um pouquinho para que a festa que a torcida alvinegra fez pela conquista tenha despertado neles o desejo de vencer desafios maiores.

#41 vezes Galo! Conquista especialíssima em ano de centenário do Campeonato Mineiro e por ser a primeira conquista no novo estádio Independência que agora é a Arena do Galo!

Dá-lhe Galo!

O clássico das multidões está de volta

por Priscila Oliveira

Depois de dez anos, Atlético e América se encontram em uma final de Campeonato Mineiro.

Invicto e líder na 1ª fase do estadual, o Alvinegro não garantiu vaga na decisão do estadual de forma fácil. Na semifinal, foram dois jogos difíceis com o Tupi. Na primeira partida, realizada e Juiz de Fora, um empate em 1 a 1, gol de Danilinho aos 7 minutos do 2º tempo, em um marasmo de jogo. Na partida de volta, na Arena do Jacaré, uma vitória magra do Galo por 1 a 0, com gol de André aos 26 minutos da etapa final.

Do outro lado um Coelho que terminou em terceiro lugar na 1ª fase e, com propriedade venceu a raposa azul nos dois jogos da semifinal; o primeiro por 3 a 2 e, o segundo, por 2 a 1.

Pelos jogos que o América realizou na semifinal, pela forma com que se classificou, muitos da crítica esportiva acreditam que o favoritismo mudou de lado. 

Apesar das últimas partidas, o Atlético não pode fugir da realidade de franco favorito. Mesmo contabilizando aqui, os jogos pela Copa do Brasil com a primeira derrota do ano para o Goiás, no Serra Dourada, por 2 a 0 em um jogo onde o Alvinegro esteve muito aquém das expectativas. O jogo foi válido pelas Oitavas de final dessa competição. E, também o jogo de volta, na reabertura do Independência, uma vitória por 2 a 1 que não foi suficiente para seguir na disputa. Não posso deixar de falar do show que a Massa deu no novo estádio. Empolgante! E conseguiu passar isso para o time que venceu o 1º tempo por 2 a 0. Mas, como a arquibancada é reflexo do que vêm das quatro linhas e a equipe Alvinegra voltou irreconhecível para a etapa final, o Goiás acabou fazendo um gol e tirou a chance do Galo seguir na Copa.

Voltemos ao estadual. O Alvinegro está invicto no campeonato, têm melhores estruturas para trabalhar, melhores salários aos seus subordinados e, já por isso, acredito que não tem como tirar o favoritismo do Galo. Sem contar que o América, apesar da empolgação do time por ter completado 100 anos de existência em 2012, é um time de segunda divisão. Assim como o Goiás. Era favorito nos jogos pela Copa do Brasil assim, como é favorito na final do Mineiro.

Mesmo com um futebol que não tem convencido nem o mais lunático dos atleticanos. A confirmação do favoritismo e, consequentemente, o título mineiro é totalmente possível. Torcemos ao menos por isso. Feito que não salvará o semestre mas, que é obrigação e fará jus a boa campanha que o Atlético fez.

Pra cima deles Galo!

Saudações Atleticanas!