por Priscila Oliveira
E a taça da Recopa Sul-Americana é do Galo
O Atlético venceu por 4 a 3 o Lanús na noite dessa quarta-feira,
23 de julho (ou madrugada dessa quinta-feira, dia 24), no Mineirão. A partida
foi válida pela decisão da Recopa Sul-Americana de 2014. O Alvinegro perdeu por
3 a 2 no tempo normal e, na prorrogação, venceu por 2 a 0. Pra quem gosta de
placar agregado, 5 a 3 e fecha a conta.
Então, o fato é que o Atleticano nunca desejou a sorte do amor
tranquilo que Cazuza tanto almejava. Por natureza, ele prefere mais a inconstância
da lua de Julieta, a do Romeu, que recitou ao amado “Oh! Não jures pela lua, a
inconstante lua que muda todos os meses em sua órbita circular, a fim de que
teu amor não se mostre igualmente variável”...
Na verdade, nem é questão de escolha, é sina. Já no nascedouro, o
Atleticano é destinado ao amor à inconstância, ao drama, ao experimento das
mais intensas emoções. Não entenda mal, não se trata do amor ao Atlético ser inconstante. Este é definitivo, imutável. Entenda
assim, como sendo a inconstância das emoções que este amor provoca em uma
partida. Em uma decisão então, na escala de atleticanicidade, ele chega ao Top13 de emoções. E foi fácil detectá-las na decisão da Recopa do Galo.
Primeiro, antes da bola rolar, o Atleticano
viveu a expectativa da conquista de mais um título internacional.
Com o gol 100 de Diego Tardelli pelo Alvinegro, logo aos 6 minutos de jogo,
veio a convicção de que tudo
daria certo. Como se fosse fácil jogar contra
time argentino. Dois minutos depois, se sentiu surpreendido pela reação rápida do adversário,
e junto veio o receio. A
equipe atleticana sentiu e se perdeu enquanto o adversário se impôs.
Aos 25 minutos, o Lanús virou e gerou a pontinha
de dúvida “será que dá”, acompanhada
da do pensamento de que daria sim, porque #AquiÉGalo. E no embalo de o “Galo é
o time da virada e do amor”, aos 37, Maicossuel devolveu a esperança ao atleticano. Foi nesse momento que a Massa explodiu de alegria e viveu a plenitude de poder contar com o regulamento e comemorar o título
com um empate.
A torcida cantava bonito uma parte da canção “chegou
a hora vai me pagar” quando veio o golpe argentino: um gol aos 48 do 2º tempo.
O Atlético então ficou apreensivo,
ao relembrar um passado assombrado.
Veio à prorrogação e o Atleticano perseverou. Soltou o grito de “Eu
acredito” para dar um pouco de gás a um time visivelmente mais estafado que o
adversário. Era o momento derradeiro da decisão e, novamente, como há um ano, o
Atleticano sentiu a fé fortalecida. O
torcedor empurrou o time no grito e no urro de vaia a cada toque do adversário.
E foi na prorrogação que o time se reencontrou. Na raça mesmo como sempre foi,
como sempre é. Foi quando o Atleticano delirou de vez quando Luan forçou um gol contra argentino aos 12 minutos do 1º
tempo. Gol de Luan, vai! A festa atingiu o êxtase com outro gol contra, numa tentativa cômica de recuo de
cabeça para o goleiro aos 6 minutos do 2ºT. Fato consumado!
A Massa comemorou
mais uma vez o título no Mineirão, onde só vai pra isso mesmo. Foi sofrido! Foi
Atleticano como deveria ser, de novo e sempre! O Atlético conquistou a Recopa,
o quarto título sul-americano de sua história. É tetra! É CAMpeão!
...E, assim a quinta-feira amanheceu mais alvinegra, mais feliz e
mais rouca! É, "o caminho é sem volta".
Saudações Atleticanas!!!
Fotos: Site oficial do Galo
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