por Priscila Oliveira
O Atlético foi vencido
por 2 a 0 pelo Corinthians nessa quarta-feira, 1º de outubro, no Itaquerão. Foi
o jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. Com o resultado, o
Alvinegro de Minas, se não sofrer mais gols, terá de fazer 2 a 0 para levar a
decisão para os pênaltis e 3 a 0 para seguir na competição. Se sofrer gol do
time paulista aí a coisa complica, porque o gol fora é critério de desempate.
Em uma partida injustiça
daquelas que, vez ou outra, acontecem no futebol, o Atlético que tinha o
domínio do jogo, não conseguiu vencer ou ao menos empatar em São Paulo. Com mais posse de bola (54,32 contra 45,68),
mais passes certos (373 a 290), menos passes errados, (30 a 36) e o mesmo
número de finalizações (quatro pra cada lado), o time atleticano não conseguiu
fazer desse domínio realidade em gols. O adversário abriu o placar aos 24
minutos do 1º tempo, numa cabeçada de Guerreiro em que a bola bateu no travessão
e na trave, antes de entrar, dificultando a defesa de Victor. O segundo gol foi
aos 36 minutos do 2º tempo, foi irregular. O adversário cobrou a falta,
praticamente do meio de campo, o goleiro Victor saiu errado do gol e a bola
sobrou na pequena área para o atacante ampliar. Porém, antes de a bola entrar,
houve falta no volante Leandro Donizete. Em um daqueles lances em que a
arbitragem dificilmente marca contra o time paulista. Enfim, é preciso admitir
que também tenha mérito quem teve a competência de empurrar a bola para a rede.
Por isso um empate, teria sido mais justo e refletisse melhor o que foi a
partida.
Faltaram um capricho
maior de Tardelli e Carlos lá na frente, a volta do futebol brilhante de Marcos
Rocha e cruzamento mais efetivos de Dátolo. Embora o time tenha sofrido os
gols, os zagueiros Leonardo Silva e Jemerson foram muito bem. Assim como os
volantes Donizette, como sempre, e Josué. Guilherme com seus lampejos criativos
no meio de campo e Douglas Santos segurando a onda legal ali na esquerda. Um
time que lutou por um placar melhor sem sucesso.
Como o tempo não volta,
resta ao Atlético se preocupar em como tirar a diferença no jogo de volta e seguir
sonhando com o título. Hora de limpar a poeira da memória, recordar as melhores
viradas de placar, em casa, da Libertadores de 2013, se vestir com a mesma
disposição para a luta e fome de título. O palco será o mesmo da final do
título mais Galo de todos os tempos, o Mineirão. Onde o Clube tem sido feliz,
quando alguma conquista está em jogo. Dessa vez é a vaga de uma semifinal, mas
como sabor de final antecipada até, em se tratando de um adversário histórico
que já tirou do Galo grandes alegrias.
Depois de um setembro
Alvinegro, com quatro vitórias consecutivas (incluindo uma fora de casa), um
outubro que começa não tão bom para os atleticanos. Que o mal resultado seja apenas
uma daquelas partidas de alerta para trazer o time para realidade e manter a
humildade em busca da virada no jogo em casa. O #EuAcredito voltou a ser tendência
em BH. Se é que algum dia deixou de ser para a Massa. E, mais uma vez, não é um
acreditar por acreditar e sim pelo trabalho que o técnico Levir tem feito,
mesmo com a rejeição de parte da torcida. Se na Libertadores 2013, o mantra foi
embalado pela fé de Cuca, o da Copa do Brasil 2014 se apoia em um trabalho
árduo e lúcido de Levir que, mesmo com tantos desfalques, conseguiu dar liga em
um time remendando, devolvendo ainda um espírito de conjunto e luta pela
vitória até o último minuto. Em termos de sorte, pode-se dizer que os dois técnicos
são compatíveis. A ordem é lotar o salão de festas atleticano e gritar até a
garganta sangrar.
#Faltam5
Saudações Atleticanas
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