Aquele abraço!
por Priscila Oliveira.
O Atlético venceu por 2 a 0 o urubu no sábado, 20 de
junho, no Maracanã. A partida foi válida pela 8ª rodada do Campeonato
Brasileiro. Com a vitória, os três pontos e o jogo ainda não realizado da Ponte
Preta, o Alvinegro está em 4º lugar, com 14 pontos.
A crise que tentaram criar por causa de uma derrota de
gorjeta ao freguês no clássico mineiro e de um empate em casa contra um Santos, doido
pra sair da zona de perigo, não vingou. O técnico Levir foi a campo
com o questionado esquema de um volante. Questionado só após as derrotas e
empate, diga-se de passagem, e mostrou o porquê acredita neste esquema. Fez o resultado
no primeiro tempo e, ao longo do segundo, aos poucos foi protegendo com a
entrada de volantes o time para assegurar a vitória, primeiro Donizete, depois
Josué. Entenderam agora?
Como faz bem uma vitória, ainda mais sobre um
adversário histórico. Parte da torcida que já pedia a cabeça do treinador e
chegou a vaiar Levir no jogo contra o Peixe, voltou até a falar em título. Nada
como um dia após o outro, já dizia o sábio. E Levir, de novo, tem razão. Ele
sempre diz, mais ou menos assim, que a emoção do torcedor e mídia esportiva brasileira
é muito intensa, tanto para o bem, quanto para o mal.
Voltando ao jogo. Se o que faltava para decretar os
novos tempos alvinegros deste clássico nacional, era uma vitória sobre o urubu
no tal do novo Maracanã, não falta mais. Se o que faltava era a vitória fora de
casa para somar os pontos não somados no Horto, o Atlético está no caminho
certo.
A partida não foi de total posse de bola atleticana,
com aquele número expressivo de passes certos como nos últimos jogos do
Alvinegro. Foi aquele dia em que jogo encaixou, em que o time foi conjunto e
eficiente, em que a marcação funcionou e as falhas individuais não foram
fatais. Dia de Patric elétrico com bons passes, cruzamentos, tentativas de
chutes ao gol, tentativas de elástico e de chapéu e alguns erros para não
variar muito. A agitação do lateral ajudou o Galo na vitória e custaram dois
cartões amarelos e a expulsão no final do jogo. Mas, teve bom, ele foi bem em seus
últimos serviços. Marcos Rocha está voltando.
Sobre o cliente rubronegro, o freguês quando é bom dá
até presente ao visitante. Aos 21 minutos do 1º tempo, Dátolo cruzou pela
esquerda para a pequena área, Pratto fechou para tentar o chute e não conseguiu
alcançar a bola, mas Samir conseguiu e na tentativa de tirar a bola do caminho
do gol, empurrou de vez a pelota para o fundo da rede. Gol contra, Atlético 1 a
0.
Se Lucas Pratto já começava a ser questionado por
alguns, que até o chamaram de jogador lento, a rapidez de raciocínio do
atacante os fizeram calar ou, ao menos, repensar. O argentino recebeu a bola de
Patric e, em questão de segundos, enxergou o caminho limpo para bater de longe, da meia lua, calculou a força do chute para a bola chegar ao gol, mandou um chute no alto, indefensável, e fez Atlético 2 a 0, aos 40 minutos. Belíssimo
gol, que teve o lugar na história que merece, foi o centésimo do Galo no
Maracanã. Pratto, ainda, quase fez o terceiro pouco tempo depois em mais uma
jogada e rapidez e técnica. Chegou até a grande área livre e sem impedimento,
dividiu com o goleiro e ainda teve tempo de fazer nova tentativa, mas não deu.
O placar foi construído no 1º tempo, mas o Galo esteve
mais próximo do terceiro gol, que o urubu de marcar o primeiro. A arbitragem não
comprometeu o resultado, mas no final deu cinco, inacreditáveis, minutos de
acréscimos. O urubu já era, aquele abraço! O Galo devolveu o presente do início, o gol contra, mandando o urubu
direto pra zona da degola.
Na sequência do campeonato, serão dois jogos do
Atlético em casa. O primeiro contra o Joinville no domingo, 28 de junho, num
horário diferente, e bem atrativo, das 11h da manhã. Depois recebe o Coritiba
no Horto, na quarta-feira, 02 de julho. Foco nesses seis preciosos pontinhos e
avante Galo.
Saudações Atleticanas!!!
Foto: Site ESPN
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