segunda-feira, 25 de maio de 2009

O que será meu nêgo?

por Priscila Oliveira

"O que será que lhe dá
O que será meu nego, será que lhe dá
Que não lhe dá sossego, será que lhe dá
Será que o meu chamego quer me judiar
Será que isso são horas dele vadiar
Será que passa fora o resto do dia
Será que foi-se embora em má companhia
Será que essa criança quer me agoniar
Será que não se cansa de desafiar
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite"... Chico Buarque 1976


A bela obra de Chico Buarque, "O que será", elucida os questionamentos da Massa ao pensar na relação e na convivência dos jogadores do Atlético Éder Luís e Diego Tardelli.

Por vários jogos, a torcida e os críticos cobravam de Éder que fosse menos fominha ao tentar as jogadas. Que o jogador precisava ter noção de quando o lance permitia carregar a bola até o gol e de quando ele podia servir um companheiro em melhores condições de finalizar.

Antes parecia que era só um capricho, só ciúmes de Éder ao não dar passes para Tardelli, que sempre se posiciona bem no ataque. Parecia até birrinha com a torcida que anda pegando no pé do atacante.

Pensou-se até, que talvez, fosse uma deficiência, uma dificuldade em visualizar a jogada e perceber que o companheiro de ataque estava em melhores condições de mandar a bola para as redes.

O jogo contra o Sport fez todas as argumentações anteriores caírem por terra e escancarou que a relação entre eles não são as melhores. Pelo menos da parte de Éder.

Após marcar aquela pintura de gol na Ilha do Retiro, contra o Sport, Éder correu para comemorar o gol, Tardelli correu junto, mas o companheiro o ignorou. Na comemoração do segundo gol, Éder escancarou o desconforto de vez. Assim que finalizou, Tardelli já o esperava, de braços aberto, para a comemoração, mas, sem cerimônia alguma, Éder se esquivou do companheiro.

Triste ver que isso parte de dois homens, dois jogadores de futebol. De um lado Tardelli que sempre foi jogador de grupo. De outro, tem o Éder, igualmente tranqüilo. Não se sabe quem está com a razão. Gols importantes foram feitos e ponto valiosos conquistados, mas fica uma dúvida sobre o que se passa com estes atletas.

A situação é preocupante. Afinal eles são os "homens gol" do Galo. Entrosamento e sintonia são o mínimo que se espera de uma dupla de ataque. Um time que quer ser competitivo não pode carregar consigo ressentimentos e desconfortos. O time depende do bom futebol e da alegria dos dois.

O trabalho de descobrir o que houve, se isso ainda não for de conhecimento do grupo, e resolver isso fica por conta do técnico Celso Roth.

Foi uma pequena cena, que ofuscou um pouco o bom resultado conquistado da Ilha. Mas, pode-se se tornar um grande problema. Ainda mais aos olhos de uma imprensa que teime em ver a grama de cá pior que a de todos os outros vizinhos. Cena que é combustível para que crises sejam plantadas.

Nesta hora, o que mais faz falta é orientação para os atletas, principalmente, de como se comportar e de entender melhor a visibilidade que eles têm.

Toma juízo meninos!

Saudações Atleticanas!!!

Um comentário:

  1. Prsicila

    Tomara q brigam muito pela artilharia.

    KKKKKKKKKKKKK

    Eder tem q parar com isso ele é novo e pode ser Campeão esse ano com o Galo, se continuar assim nao levanta a Taça.

    Eu sou Otimista.


    Saudações Atleticanas sempre!!!

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