Com show de bola em campo, hatch trick de Jô e
obra-prima de Tardelli, o Galo avanças às quartas-de-final da Libertadores 2013
por Priscila Oliveira
Um massacre! Assim pode ser definida
essa partida e não só pelo placar, mais ainda pelo futebol apresentado pelo
time Alvinegro. O Atlético goleou por 4 a 1 o São Paulo na noite dessa
quarta-feira, 8 de maio, no Estádio Independência. A partida foi válida pelo 2º
jogo das Oitavas de final da Copa Bridgestone Libertadores da América 2013. Com
o resultado, o Galo está nas quartas de final da competição. O adversário da
próxima fase sai do confronto entre Palmeiras e Tijuana do México.
Foi, de certa forma, um acerto de
contas com o passado. Quem conhece a história da final do Brasileirão de 1977,
decidido em 5 de março de 78, sabe o que digo. Quem vivenciou aquilo não esquece,
e quem soube daquilo também não. A grande
equipe atleticana daquele ano com Cerezo, Reinaldo, Paulo Isidoro, João Leite e
Marcelo viu o título escapar ao perder para o São Paulo nos pênaltis. Assim, o
Atlético entrou para a história como o único vice-campeão com 10 pontos a mais
que o campeão São Paulo e sem perder nenhuma partida em tempo normal. Mais cedo
ou mais tarde, em maior ou menor grau, paga-se por alguma injustiça cometida no
passado. Pois bem, o time atleticano, hoje com Ronaldinho Gaúcho, Jô, Bernard,
Tardelli, Pierre e Réver, vingou a turma de 77. A bela campanha na fase de
grupos da Libertadores e a superioridade técnica do papel, tornou-se realidade
em campo. Está certo que o Alvinegro não ganhou um título com essa goleada, mas
eliminar o Tricolor e se classificar para as quartas, deu um gostinho de
revanche sim.
De volta para 2013,
em campo o Atlético foi mestre e o São Paulo aluno. Com um futebol irretocável,
o Alvinegro foi superior do início ao fim. Vontade, raça e velocidades não
faltaram, determinação e foco também não. Era como se fosse o time mineiro quem
precisasse correr atrás do placar. O São Paulo não jogou, ou melhor, o Atlético
não deixou o Tricolor jogar. Com apenas 15 segundos de bola rolando, Atlético chegou
bem ao ataque e já deu sinais do que estava por vir.
Com 18 minutos, em
jogada iniciada pelo volante Leandro Donizette, Tardelli recebeu, passou para
Bernard que foi travado e a bola sobrou para Jô, que com o pé esquerdo acertou
um belo chute no ângulo. Atlético 1 a 0.
O Atlético teve várias chances de ampliar, ora com Ronaldinho Gaúcho em duas cobranças
de falta, ora com Bernard, que viu o zagueiro tirar a bola em cima da linha do
gol.
A superioridade
atleticana era tanta que até os 10 minutos do 2º tempo, o time alvinegro somava
12 finalizações contra duas do adversário. Novamente envolvido em jogada de
gol, Donizette deu ótimo passe para o atacante Jô, que no mano-a-mano com o
zagueiro na área, finalizou entre as pernas do goleiro Rogério Ceni. Atlético 2 a 0, aos 17 minutos do 2º
tempo. Mais dois minutos e veio o terceiro tento. A torcida ainda comemorava quando
Diego Tardelli fez uma pintura de gol encobrindo o goleiro são-paulino. O
atacante aproveitou um recuo de bola do
zagueiro e não perdoou! A Massa foi ao delírio! Atlético 3 a 0.
Aos 24 minutos, Ronaldinho carregou a bola pela esquerda na grande área, olhou para um lado e tocou para o outro. A bola encontrou Jô que acertou mais um chute de esquerda, dessa vez rasteiro. Atlético 4 a 0. Seis minutos mais tarde, no único vacilo da defesa atleticana, o Tricolor fez o gol de honra com Luís Fabiano. Atlético 4 a 1 e fim de papo!
O goleiro Victor
foi pouco testado, mas fez umas duas grandes defesas. Sem o zagueiro Leonardo
Silva que quebrou o dedo, Gilberto Silva mostrou que experiência vale muito e
manteve o nível. Ao lado de Réver, formou uma barreira quase intransponível da
zaga atleticana. Os laterais alvinegros, Marcos Rocha e Richarlyson sempre tão
criticados, tiveram noite de gala, lê-se de Galo. Avançaram ao ataque com boas
jogadas quando foi possível e marcaram bem, o que é mais importante. Pierre e
Leandro Donizette dispensam comentários: técnica, luta e raça, titulares
absolutos. Assim como Ronaldinho Gaúcho, o maestro de dribles desconcertantes. O craque cobrou
três faltas ‘quase’ perfeitas e por pouco não fez um gol também. Diego Tardelli
desequilibrou demais nessa partida, é peça chave nesse timaço. Com ele em campo
até o entusiasmo da equipe é outro. Bernard, visivelmente, voltou a jogar o seu
futebol, sem medo da fratura no ombro e também quase marcou. Ah Jô! Nunca se
viu o atacante correr tanto, buscar tanto por gols. Resultado? Hatch Trik de Jô,
o que lhe rendeu a artilharia isolada da Libertadores até o momento, com seis
gols.
Um ataque
eficiente, um meio criativo e um sistema defensivo seguro. Deu tudo certo
nessse jogo. Além disso, um dos grandes diferenciais do Atlético atualmente é
que todos marcam, inclusive os atacantes. E marcam bem! Uma espécie de ‘um por
todos e todos por um’. Foi assim que o Galo eliminou um ‘monstro’ em
Libertadores. Sinta a emoção do capítulo dessa história. Faltam 6!
Avante Galo!
Saudações
Atleticanas!
Fotos: Site oficial do Atlético
Fotos: Site oficial do Atlético
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