sábado, 27 de julho de 2013

É C.A.M.peão!!!



por Priscila Oliveira

Em meados de fevereiro, quando se iniciou a Copa Bridgestone Libertadores da América 2013 para o Atlético, sonhei que visitava a Taça na Sede de Lourdes e procurava a plaquinha com a inscrição do Alvinegro como CAMpeão...

Que noite foi aquela que não fez a ficha cair até agora? É difícil encontrar as palavras certas para descrever tamanha emoção, tamanha alegria que contagia meu coração, a Massa, Minas, o Brasil e a América. Ah, Roberto Drummond precisava estar por aqui, Elias Kalil também... Quem disse que não estavam no Mineirão naquele dia?

Quando o Galo entrou em campo naquela noite foi um sentimento diferentemente especial. Foi uma mistura de fé e medo para escrever o último capítulo da participação do Alvinegro na Copa Libertadores.

Quando Ronaldinho puxou a fila das feras para o CAMpo, senti a firmeza de um CAMpeão. Quando a bola rolou, o time atleticano ansioso, não conseguiu transformar vontade em gol, o nervosismo passou para a Massa, que ora emudeceu, ora cantou: -Vai pra cima deles Galooo!

Quando iniciou o 2º tempo, encontramos o nosso futebol, aquele que encantou a América desde o início. Foi quando Jô, aos 57 segundos, fez o nosso primeiro gol, depois de cruzamento de Bernard. Jô, outrora cachaceiro, agora artilheiro isolado da maior competição da América. Foi assim que a Massa retomou mais que nunca a sua fé! Gritamos como nunca nosso coro de EU ACREDITO, confiamos como sempre.

Vimos um Atlético, senhor do jogo, lutar, lutar, lutar para fazer o segundo gol, àquele que nos levou para a prorrogação. E, ele veio aos 42 minutos do 2º tempo, com o zagueiro artilheiro Leonardo Silva de cabeça, no momento em que seu corpo estava desequilibrado. Léo Silva que em sonho conversou comigo na semifinal, afirmando que realmente estavam todos focados no título e dizendo para que eu ficasse tranquila.  Atlético 2 a 0.

Seguimos para uma prorrogação que me lembrou duma final do mundial de Clubes entre Santos e Barcelona, onde o time paulista não encostou o pé na bola e parou para ver o time espanhol jogar. Mas não era o Barça, ali estava o mineiríssimo Atlético dominando um Olimpia paraguaio que não viu a cor da bola. E, quando viu, em um lance onde o goleiro Víctor se adiantou e o adversário estava sozinho com a bola, o gramado do Mineirão deu uma rasteira nele e salvou o Galo do que poderia ser um gol que daria fim ao nosso sonho. Naquele momento, a cabeça de burro outrora enterrada no estádio começava a ser desenterrada. Atlético 0 a 0.

Seguimos para o pênaltis. Mas, o cenário não era o de aflição do pênalti marcado por um árbitro aos 46 minutos da partida contra o Tijuana, tão pouco tinha o clima apreensivo do jogo contra o ‘osso duro de roer’ do Newells’ Old Boys. A confiança era total em um time que estava mais inteiro e, nitidamente, mais preparado que o adversário.

Foi quando o pé esquerdo de São Victor do Galo apareceu novamente e defendeu a primeira cobrança. Alecsandro fez, o adversário também; Guilherme fez, o adversário também; Jô fez e o adversário também. E nada abalava a fé da Massa.  O zagueiro Leonardo Silva foi para a cobrança com a confiança de um atacante matador e também fez o dele.

Quando chegou a última cobrança do Olimpia, Víctor não precisou operar mais milagre algum. A bola da cobrança do adversário bateu na trave. Trave que tantas vezes nos roubou o grito de CAMpeão se rendeu neste jogo ao futebol mais encantador da América e cravou o Atlético CAMpeão da Libertadores 2013. Atlético 4 x 3.

Um título de um time tido como cavalo paraguaio pela mídia do ‘eixo’ e torcedores rivais. Que cavalo paraguaio que nada. Trata-se de um pura raça, puro sangue alvinegro.

Título de um Ronaldinho acabado, um Jô desacreditado, um Tardelli que muitos não botaram fé, de um Víctor que alguns desconfiavam, de um Bernard de malas prontas, de um Guilherme que virou mocinho... 

Título do dia 13 de Deus (em fevereiro) quando tudo começou incrivelmente aos 13 minutos de partida contra o São Paulo, título da água de Deus, do pé esquerdo de Deus, do Horto divino, do Mineirão curado! Título de todos esses detalhes que carregaram o time para a glória.

Título de um novo Atlético que renasce mais forte, mais vingador, encantador! Sim estamos diante do melhor Atlético de todos os tempos! Que em momento algum desmerece tantas outras grandes trupes que vestiram este manto Alvinegro, porque todos e tudo o que vivemos até aqui nos preparou para essa conquista.

Título meu, do torcedor Atleticano que acredita! Que bota fé! Título da Massa comemorado madrugada afora, dias afora, quiçá meses... Massa que sabia que um dia essa paixão daria certo! Deu! Rumo ao Marrocos!

Título da vontade, do foco, da fé de Cuca em sua santa, da fé de torcedores, da emoção surreal que todos nós vivemos desde as quartas-de-final. Na verdade, acho que realmente ganhamos o título ali. A verdade é que nunca acreditamos que seria tão Atleticano como foi! Acredite mais uma vez: somos CAMpeões!

Aaah! Lembra do sonho que citei no início do texto? Depois de mais de quatro meses de perseguição, eu encontrei a placa na Taça que repousa em Lourdes!

Clube Atlético Mineiro – CAMpeoníssimo da Copa Libertadores de 13!!!

Não falta mais nada! Comemora Massa!!!

Foto: EspnBrasil



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