por Priscila Oliveira
O Atlético empatou em
2 a 2 com o Nacional do Paraguai na noite dessa quarta-feira 12 de março, no estádio
Antônio Aranda em Ciudad del Este. A partida foi válida pela 3º rodada da Fase
de Grupos da Copa Bridgestone Libertadores da
América. Com o resultado o Galo perdeu o 100% de aproveitamento, mas continua
líder do Grupo 4, com sete pontos, sendo três acima do segundo colocado.
E lá pelas terras
paraguaias o caldo quase azedou. A equipe alvinegra começou desligada, esquisita,
parecia estar a passeio enquanto o adversário estava acelerado. O sistema defensivo
atleticano, tão evoluído para os olhos do técnico Paulo Autuori, demorou a se
encontrar no jogo e quase colocou tudo a perder. Com apenas quatro minutos de
bola rolando o Galo já tinha levado dois grandes sustos. Uma pausa para uma
bicada de Galo lá na frente. E, na volta,
um ataque mortal paraguaio e o gol aos 8 minutos. O Galo sentiu o golpe
enquanto o adversário continuou atacando e tendo as melhores chances.
E foi nessa hora que
o jogador referência apareceu. Aos 22 minutos brilhou a estrela do gaúcho mais
mineiro que se tem notícia. Ronaldinho fez uma jogada pelo meio e deu um passe
na medida para Josué bater de pé esquerdo para o gol de empate. Com isso, o
time chamou o jogo pra si e começou a criar uma chance atrás da outra.
Com o empate, a nítida
melhora da equipe atleticana que se reorganizou e com mais quatro minutos
saltou à frente do placar com o gol de Jô, em um impedimento que o bandeirinha
não viu. Também o lance foi difícil de perceber. (Com o gol, Jô se tornou o maior goleador do Atlético na Libertadores, com 10 gols).
Com a virada, o time
se acertou de vez em campo e voltou a jogar como se pudesse ganhar quando
quisesse. Porém, mesmo com o Atlético um tantinho melhor, o Nacional parecia
não ter se abatido com a virada no placar, jogava como se a partida estivesse
empatada e levava perigo ao gol de Victor de vez em quando.
Para o 2º tempo o Atlético
voltou melhor. Embora a troca de Josué por Leandro Donizete, aos 13 minutos, não
ter surtido o efeito das outras vezes. Josué que saiu por estar amarelado. Com cinco
minutos em campo e Donizete também levou cartão. Segue o jogo e o Atlético
melhor, com jogadas mais consistentes no ataque, seja na arrancada de Fernandinho
que na tabela com Tardelli sofre a falta, seja quando ele mesmo sofre a falta
para as cobranças venenosas de R10. Mas faltou aquele capricho final para a
bola entrar em ambos os casos.
O técnico Autuori,
aos 37 minutos mandou pra campo o Rosinei no lugar de Ronaldinho, com a nítida
intenção de segurar a bola e controlar os paraguaios. Mas, pareceu que a
entrada dele fez foi os paraguaios partirem pra cima. O mais coerente seria ter
colocado o atacante Neto Berola, que tem entrando bem nas partidas, fazendo
gols importantes e com está com confiança. Já dizia a máxima: “A melhor da
defesa é o ataque”. E, talvez o Berola fosse o jogador ideal para matar de vez
o jogo. Talvez! Porém, seria um risco mais coerente. Enfim, não dá pra chorar o leite derramado.
Percebe-se que essa mania de
o Atlético dar um gol de frente para o adversário está ficando perigoso. Virar
ainda no primeiro tempo também não parece ser nada bom para o Alvinegro quando
os jogadores se contentam e não matam a partida em claros lances de gol.
Antes de o árbitro marcar o pênalti
que não existiu, em jogada próxima do árbitro e de fácil ‘não’ marcação, Fernandinho
e Tardelli haviam perdido aquelas grandes chances de matar o jogo. Depois do
gol de empate paraguaio, foi a vez de Donizete, chutar para os ares a última
chance de vitória atleticana. Digamos que os três tiveram a bola do jogo, porém
apenas Tardelli foi pego pra Cristo.
Para deixar o copo sempre meio cheio,
em campo o Atlético foi um time que soube mudar a história da partida quando se
impôs em campo a partir do momento em que fez o primeiro gol, aos 22 minutos do
1º tempo até aos 30 minutos do 2º tempo. Os jogadores em sua maioria têm
regulado. O lateral-direito Marcos Rocha continua com o estandarte de melhor
jogador do Galo neste ano. O lateral-esquerdo improvisado Dátolo, apesar de dar
o passe para o gol de Jô, deixou a desejar. Os ótimos zagueiros Leonardo Silva
e Otamendi, mesmo com a falta de entrosamento, conseguiram se organizar. Pierre
tem voltado a ser Pierre, o pitbull. Esteve tão concentrado nos desarmes que
quase foi ele quem fez falta no adversário dentro da área. Fernandinho, tão
apagado nos últimos jogos, conseguiu dar algumas de suas arrancadas. Tardelli
não apareceu tanto lá na frente, fez um jogo regular, mas mesmo apagado, não se
vê o atacante fugir do jogo. É preciso ter paciência que o cara é bom. Quanto
ao Autuori, em caso de vitória, receberia os elogios que a situação
propiciaria. Mas, o empate, fez repensar a opção dele no jogo. Ele poderia ter
colocado Berola ao invés de Rosinei, ou quem sabe de Fernandinho até...
Ainda líder, ainda invicto e voltando
pra casa com um ponto na bagagem. Está de bom tamanho, por hora.
Faltam 11!
Avante Galo!
Saudações Alvinegras!!!
Foto: Daniel Teobaldo @daniteo
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