sexta-feira, 2 de maio de 2014

E acabou a Libertadores para o Galo



por Priscila Oliveira

O Atlético empatou em 1 a 1 com o Atlético Nacional (Col.) na noite dessa quinta-feira, 1 de maio, no Independência. A partida válida pelo 2º jogo das Oitavas de final da Copa Bridgestone Libertadores da América 2014, foi a despedida do atual campeão da competição. O gol do Galo foi marcado por Fernandinho, aos 20 minutos do 1º tempo.

E, mais uma vez, tinha um bandeirinha no meio do caminho atleticano! O gol do adversário, que colocou fim ao sonho do bicampeonato Alvinegro da Libertadores, marcado aos 42 minutos da etapa final, foi irregular (o jogador do Nacional estava impedido). Está certo que o resultado de 1 a 0 para o Galo levava a decisão para os pênaltis, mas era uma sobrevida que o bandeirinha impediu que os jogadores tivessem. E, assim, acabou!

Mas como que acaba, algo que não começou? Ou não começou tão bem? Sim, porque o Atlético esteve presente na competição fisicamente, mas não em alma. A alma atleticana, tanto de torcedores como de jogadores, só deu o ar da graça ontem. Começando pelo melhor “Inferno Alvinegro" do ano, passando por um Independência inflamado, lembrando o melhor da Massa de 2013 e terminando com um time aguerrido em campo.

Finalmente, em campo se viu uma equipe com vontade de ganhar. Jogadores unidos, disputando até bola perdida. O mesmo time em campo, outro espírito! Ronaldinho tentando voltar a ser o maestro e foi quem mais chutou para o gol, Tardelli se esforçando no ataque e marcação, Fernandinho ganhando todas pela direita e criando boas jogadas no ataque, Otamendi monstro, Leonardo Silva vigoroso, Jô fazendo o que podia e com boas chances de gol, Pierre e Donizete roubando bolas e impedindo a conclusão das jogadas adversárias e Victor que nem trabalhou muito nessa partida e nem teve culpa na bola que entrou. Apenas Emerson Conceição e Alex Silva tiveram desempenho um pouco abaixo do restante, menos por vontade, mais por qualidade mesmo. Ainda foram para a decisão, Guilherme, que segue com um bom futebol e confiante, Réver de volante, uma invenção que não deve se repetir e Marion, que tem futuro, mas não mostrou muito o bom futebol dele.

Empenho tardio, infelizmente. Porque sem o mínimo de disciplina tática, fica difícil de a vontade sobressair (dizem que Levir ficou impressionado com a falta de consciência tática do time desde o 1º tempo). Principalmente, porque não foi ontem a decisão de seguir ou não na Libertadores, nem no primeiro jogo das Oitavas, quando o time atleticano sofreu um gol aos 46 minutos do 2º tempo. A verdadeira decisão de disputar o título da Libertadores foi em janeiro, quando Kalil contratou o desalmado ex-técnico Paulo Autuori, que fez o time ser frio como ele. E não foi por falta de aviso, porque ele tinha, praticamente, 100% de rejeição da Massa, a voz do povo. “Errar é humano”, o problema do presidente foi prolongar tanto tempo nesse erro.

Tão visível era o desfecho dessa história na Libertadores sob o fraco comando de Autuori, que torcedores e imprensa cheios de desculpas, cheios do “vai que dá”, foram incapazes de assumir de prontidão que tal contratação custaria caro ao Clube, praticamente, o primeiro semestre. Lembro-me de ter sugerido a alguns jornalistas nas redes sociais, nos primeiros jogos de Paulo, a pergunta: "-Como era acabar com o melhor Atlético de todos os tempos”, ninguém fez a pergunta. E, se fizesse, o tal ex-técnico certamente fugiria da resposta. Enfim, ele acabou com que de melhor tinha a equipe: o poder ofensivo. Agora, cabe ao Levir reconstruir. Reconstrução que contará com dispensas e contratações, e nessas, o diretor de futebol também precisa acertar, porque as melhores contratações do Galo, desde 2012, foram sugestões do Cuca e não do Maluf, teoricamente responsável direto por elas.

Em 2013 a Massa acreditou, genuína e verdadeiramente! Em 2014, ela tentou, se esforçou para acreditar que esse time acordaria a tempo, que Kalil acordaria a tempo. Ela acreditou, até mesmo, por não querer acreditar que aquele Galo desalmado era dela. E, quando teve o sobressalto de esperança com a contratação de Levir Culpi, um técnico que há muito os torcedores queriam de volta, fechou os olhos para as atuações do time até no 1º jogo das Oitavas. Foi o motivo que queria para acreditar novamente na força do grupo, na mística do Horto, que venceríamos o vento. Ora, desta vez, o vento nem se esforçou... A desistência desse combate partiu do Atlético.

É acabou! Mas, a forma como acabou renova as esperanças de ver o Galo forte e vingador novamente em campo. Um Atlético que deixou a Libertadores de 14 de coração partido mas de cabeça erguida!

#AdelanteGalo

Saudações Atleticana!!!

Foto: Globoesporte.com (tratada)



4 comentários:

  1. Parabéns pelo texto.

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  2. Valeu Pri, adoramos a sua análise! Resta-nos partir pro Brasileirão... Desistir, jamais! "BICA ELES, GALÔOO!!

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    1. Obrigada Luiza! Desistir não faz parte do dicionário atleticano. Já 'paciência', 'acreditar', 'fé', aparece um monte de vezes neh?! rsrs #PraCimaDelesGalo

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