quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Atlético é C.A.M.peão da Copa do Brasil de 14


Pela primeira vez, o Galo conquista a Copa do Brasil na primeira decisão de um título nacional entre os times mineiros


por Priscila Oliveira

O Atlético venceu por 1 a 0 o yale na noite dessa quarta-feira, 26 de novembro, no Mineirão. A partida marcou o jogo de volta, da final inédita entre os mineiros pela Copa do Brasil. No placar agregado, 3 a 0 no lombo da raposinha felpuda, dentro do salão de festas atleticano. Primeiro título da competição conquistado de forma incontestável do início ao fim.

O Galo foi o grande caçador dessa história toda. Abateu facilmente um porco nas oitavas de final. Foi golpeado fortemente por gambás e urubus e em lutas épicas virou o jogo e matou ambos pelas quartas e semifinal, respectivamente. Depois de tanta emoção e viradas heroicas era a hora de caçar o último bicho para levantar a taça. E, o Galo não quis nem saber, encurralou, sufocou, dominou a raposa no jogo de ida e no de volta, e conquistou a taça.

Nem o jogo de nervos que o lado de lá fez, em torno de ingressos, desestabilizou um Galo determinado a fazer história, e fez. Um Galo ainda mais forte e vingador que, depois de lutas intensas para abater inimigos nacionais históricos, se deparou com um velho rival da cidade. Com a boa vantagem conquistada na primeira batalha, restava administrar a última.


E nem foi preciso ativar o “modo Atlético”. O Alvinegro novamente colocou o yale na roda. Mais uma vez, o time azul não conseguiu furar a rede de Victor, que mal teve trabalho. Foi parado, de novo, pelo paredão formado por Jemerson (como joga esse moço) e Leonardo Silva. Jemerson grudou no tal do Moreno igual um carrapato. O palestra foi seduzido pelas rápidas subidas de nossos laterais Marcos e Douglas, que voltavam para a marcação com a mesma velocidade. Foi desarmado pelo experiente Donizete, que acabou expulso injustamente, e pelo jovem Rafael Carioca. Foi envolvido pelo adorável descompensado do Luan, que machucou e deu lugar ao Maicosuel, e também pelo argentino Dátolo. Fez marcação forte em Carlos, com medo de levar mais dois gols do juvenil. E, para arrematar, viu o artilheiro atual dos clássicos mineiros ser decisivo na final. A cabeçada rara, fuzilante e certeira de Tardelli, aos 47 do 1º tempo, bastou para a confirmação do título. Desejo atendido! O craque foi diretamente decisivo para a conquista do título. Beijou o escudo com uma paixão que só que é Atleticano de verdade, o faria. Muito mito!

Além de tudo, o time do ypiranga ainda foi traído pela própria torcida. Os 2 mil Atleticanos calaram os mais de 35 mil celestes. “Eu sei que você treme”. Treme, ainda mais que o próprio time e fica muda! Torcida esquisita a daquele povo. Gritou mais alto só lá pelos 25 minutos do 1º tempo, se emudeceu com o gol e assim permaneceu abafada pela Massa até o final quando, ao ouvir o apito, soltou o grito com toda força. Mas, torcedores não deviam empurrar o time durante o jogo? Eu hein! Entendi nada.

Voltando ao jogo, sabe aquele dia em que o time joga certinho? Foi assim, uma partida tecnicamente perfeita na primeira final e o primeiro título de Copa do Brasil Atleticano. Como conhece o yale, esse Levir! Vários atleticanos devem ter achado o jogo estranho, sem nem um susto, sem nem um "milagrezinho" de São Victor, sem emoção mesmo e o drama peculiar. Tudo certo, às vezes, é bom variar a forma de conquistar os objetivos. O importante é conquista-los! Fato é que o Atlético mudou mesmo e pra sempre.

Comemora Atleticano porque esse título tem muito do seu grito. Mas, principalmente, comemore ser Atleticano. É C.A.M.peão! Com uma campanha irretocável e, especialmente, heroica como só acontece com o Atlético. 

Muito obrigada ao time todo!


Saudações Atleticanas!!!

Fotos: Site oficial do Atlético

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Galo derrota raposa no primeiro duelo pela Copa


por Priscila Oliveira

E, na primeira batalha mineira, inédita, pelo título da Copa do Brasil, deu Galo! O Atlético venceu por 2 a 0 o Yale na noite dessa quarta feira, 12 de novembro, no estádio Independência. A partida foi a primeira da final da Copa do Brasil 2014. Com a vantagem de dois gols, o Alvinegro pode até perder por um gol de diferença que estará classificado, ou até por dois gols de diferença, caso marque um na decisão. A partida que decidirá o campeão será na quarta-feira, 26 de novembro.

O Galo atraiu a raposa para o alçapão no qual dificilmente os adversários saem vivos: o Horto. Os simpatizantes recuaram, dispensaram as entradas para o confronto e na madrugada anterior, rodearam o estádio de milho, como provocação. Ignorantes! Além de ser o principal alimento na dieta do Galo, não sabiam eles que dentre as várias simbologias e significados religiosos, pagãos e de civilização, por exemplo, na cultura dos Maias, o milho representava a prosperidade e a abundância. Joga mais que tá pouco!

Na plateia da Arena, uma Massa única, enlouquecida, agitada e confiante em um triunfo histórico do Galo sobre a raposa, incendiou o primeiro duelo.

Em campo, um Galo forte e vingador fez jus aos sacrifícios, de todos os tipos, que seu povo fez para estar ali. Assim, foi pra luta como se lutasse pelo pão de cada dia. O vento, adversário conhecido, dessa vez não deu as caras. Em seu lugar, forças obscuras do futebol, que estranhamente só aparecem em importantes decisões,  tentaram desestabilizar as estruturas. Os dias anteriores ao confronto não foram fáceis, inimigos feitos na justiça e na imprensa tomaram a dinheiro arrecadado com a luta e pintaram o Galo de vilão para além das Minas Gerais. Tudo em vão!

Ah! Esse lutador já superou coisas maiores que esses artifícios. Inabalável aos fatos externos às quatro linhas do campo de batalha, o que se viu foi um Galo caçador que aniquilou a força da raposa. Ludibriou o animal, fez com que ele acreditasse que poderia dominar aquele terreiro. No embalo da Massa, o Galo deu corda e a raposa se enforcou. Por muito pouco não morreu. Ainda tem uma sobrevida, mas saiu agonizando e procurando culpados por um duelo no qual mal conseguiu esboçar reação.  Foi dominada e os golpes vinham de todos os lados e pelo meio. Saiu do Horto tonta com a quantidade de artifícios de ataque que o Galo apresentou. O mais novo e mortal deles, o “latereio” do Marcão de onde nasceram os dois golpes que feriram fundo o bichano. Duas chibatadas alá Luan e Jésus Dátolo. Nem foi preciso usar a metralhadora. Essa está guardada para possível necessidade no confronto derradeiro.

Saiu atordoada a raposa, coitada! Mal atacou. Ficou presa em um meio de campo minado com Donizete e Josué. Parou na barreira da defesa atleticana, um verdadeiro escudo que não deixou passar nem pensamento nessa noite. Defesa comandada por um veterano de qualidade indiscutível e respeitado, o capitão. Ao lado dele, um jovem aspirante ao cargo que se agigantou nesse duelo. E pra finalizar, um santo, para o caso de erro na comunicação dos dois.

O bichano saiu com o rabinho entre as pernas, mas manteve o ar superior. Não reconheceu os próprios erros, quem dirá a qualidade do adversário que o venceu. Saiu nomeando fatos e culpados pela derrota. O Galo, vencedor dessa primeira batalha, calejado, manteve a humildade e o foco nas declarações. Já esteve do lado de lá, de quem é vencido fora dos domínios, por dois tentos de diferença, e preferiu a cautela.  A própria história atleticana mostra que dois gols de frente podem não significar nada sem a humildade de encarar a próxima batalha com a mesma seriedade. E tem também aquela história, se o futebol justo fosse, poderia até dormir com um pouco de paz pelas próximas duas semanas, como nem sempre é, todo cuidado com esse bicho capcioso.

Só pra constar com a vitória o Atlético chegou grande marca de 59 vitórias em 83 jogos, mais 21 empates e 3 derrotas. Foram 178 gols a favor e 66 contra, um saldo 112 e um aproveitamento 79,5%.

#Falta1
#AvanteGalo


Saudações Atleticanas!!!



Fotos: Site oficial do Galo e Daniel Teobaldo (@daniteo)

domingo, 9 de novembro de 2014

Atlético alternativo vence Palmeiras no Pacaembu


por Priscila Oliveira

O Atlético venceu por 2 a 0 o Palmeiras na noite desse sábado, 8 de novembro, no Pacaembu. A partida foi válida pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com a vitória, o Alvinegro ficou em 4º lugar, ao final dessa rodada, com 57 pontos, lutando pela permanência no G-4. Foi a sétima vez seguida que o Atlético venceu o Palmeiras, se igualando a sequência do adversário entre 1996 a 1998 (Relembre a sequência do Galo: 2x1 – na Arena do Jacaré BR 2011, 1x0 – no Pacaembu BR 2012, na estreia de R10, 3x0 – no Independência BR 2012, 2x1 – no Independência BR 2014, 1 x 0 – No Pacaembu CB 2014, 2x0 0 no Independência CB 2014).

A fase está tão boa que o Galo foi enfrentar o porco com um time C e venceu. De titular só o goleiro Victor e Leandro Donizete. Entra jogador e sai jogador e o time consegue manter um bom futebol para garantir a vitória. Mesmo sem jogar junto, até a linha de impedimento saiu perfeita, mostrando a sintonia que existe na equipe. O Galo não dominou o jogo todo, como de costume. O Alviverde conseguiu controlar melhor a bola na etapa final e partiu pra cima, mas o Alvinegro conseguiu se segurar e se faltou esse domínio, sobrou vontade, qualidade na defesa e velocidade nos contra-ataques.

Com um time atleticano alternativo quem brilhou foram os “moleques” do Galo, dois da base, o atacante Marion e o meia Dodô e outro que chegou por indicação de Levir, o zagueiro Tiago. Aos 38 minutos do 1º tempo, Dodô fez a cobrança da falta e cruzou na medida para o zagueiro abrir o placar, com uma cabeçada perfeita para o gol. Na estreia com a camisa alvinegra, contra o Sport, o jogador já mostrou qualidade em uma boa cobrança de falta.  

Se Tiago foi um dos melhores em campo, quem brilhou mesmo foi Dodô. Aliás, brilha desde a quarta-feira no jogo contra os urubus, pela Copa do Brasil, quando esteve na jogada do terceiro gol, o de Dátolo. Marion também esteve envolvido no terceiro e, também, no quarto gol, diga-se de passagem, e divide o pódio das boas atuações com o parceiro.

Contra o Palmeiras, em mais um contra-ataque atleticano, aos 19 minutos do 2º tempo, Dodô iniciou a jogada, tabelou com Pedro Botelho, recebeu na frente e invadindo a área para driblar o volante Renato e concluir com categoria no canto esquerdo do goleiro. Um golaço! Atlético 2 a 0 e fim de papo.

Resultado que mostra que o Atlético tem verdadeiramente um bom elenco. Com a quantidade de jogadores frequentemente fora das partidas por lesões, suspensões ou até por opção, a maior parte do elenco foi testada, colocada à prova, e conquistado bons resultados como este. Mais uma vez, méritos do técnico Levir Culpi. Vitória importante que vai confirmando o time no G-4. O título é quase uma miragem, mas quem sabe “milagres” começam a acontecer no Brasileiro também.

#AvanteGalo

Saudações Atleticanas!!!

Foto: GE

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Atlético dribla a história, goleia o Flamengo, em mais um jogo épico, e esta na final da Copa


O gol de Luan que cravou o Atlético na final da Copa do Brasil 2014.

por Priscila Oliveira

Da série "Jogos Épicos", o Atlético virou e goleou por 4 a 1 o Flamengo na noite dessa quarta-feira, 5 de novembro no Mineirão. Foi a partida de volta da semifinal da Copa do Brasil. O que o Brasil duvidou e a Massa acreditou, aconteceu novamente! O Alvinegro fez o punhado de gols necessários contra o rival e está na final da Copa. 

Aos poucos nós vamos exorcizando nossos fantasmas, nos livrando de nossas amarras. A que nos impuseram e também as que nós mesmos nos impusemos. Aos poucos vamos escrevendo novos capítulos, driblando e fazendo histórias, ainda mais emocionantes e felizes. A partida contra o urubu falastrão, a vitória sobre o time carioca, o chocolate não tem nada a ver com técnica e tática. A vitória atleticana no verdadeiro maior clássico do país foi construída aos longos dos anos, e tem a ver raça e com amor. Enquanto o lado de lá veio cheio de “marra carioca”, cheio de retranca, covarde retranca, o lado de cá, o lado certo foi com o coração no bico da chuteira, somado ao bom futebol, a força de sua torcida e a sede de vingança. Vicente Motta profetizou: Galo forte vingador!

E como tem provado ser vingador. Nosso adorável descompensado, Luan, bem disse: “O Galo mudou, não veio para ficar de freguês de ninguém”. Nós mudamos para sempre. O não gol de Tardelli, aquele gol do ídolo que a trave impediu, fez até a rede chorar por não ser balançada e, nem o urubu ter achado um gol primeiro, nos fez desacreditar nessa mudança.

O jogo seguiu e o empate veio aos 41 minutos do 1º tempo, no gol de um “muleque” atacante que cismou em aparecer em clássico. Depois de um cruzamento de Douglas, Carlos tratou de direcionar a bola para o gol e empatar. Enquanto isso, o tradicional e arrepiante grito de “Eu Acredito” ecoava pelo estádio. O jogo seguiu e, aos 11 minutos do 2º tempo, Luan fez linda jogada para o chute forte de Maicosuel e a virada. O jogo seguiu e, aos 36, o argentino Dátolo também fez o gol dele e o terceiro do Galo. O gol incendiou e enlouqueceu a Massa. E, mais três, Luan, o doidinho, aproveitou a sobra e deu um chute frio na pequena área para cravar o Atlético na final da Copa do Brasil.

A vontade dos jogadores em campo fez do Atlético soberano e leal. E só para falar um pouco do todo, o Vingador teve mais de 61% de posse de bola, quase 400 passes certos, contra 164, além de 21 finalizações atleticanas contra sete. Foi um massacre que fez o urubu rodopiar no Galo carrossel de Levir e apelar para a cera inimiga do futebol. Foi humilhante!  

Mas, nesse momento, prefiro falar da magia... Que jogo, que história! 

O Atlético se acostumou a dar dois gols de frente para o adversário nos jogos de ida. E, não faz isso por humilhação ao adversário, é mais para provar que o impossível inexiste para nós, Atleticanos e, também, para mostrar que pode se superar. E, se superou de novo. Foi assim contra gambás e urubus (contando só adversários que levaram viradas e goleadas histórias neste ano).

Do outro lado tinha o Flamengo, um rival histórico. Há décadas esperamos por este confronto para sentir o gostinho doce de eliminar os urubus em um mata-mata. Finalmente, saboreamos.  Um urubu indigesto que sempre foi uma pedra no nosso caminho e, literalmente, roubou nossos sonhos na década de 80. Como não se lembrar de Reinaldo nesse momento? Essa foi para você meu Rei. Não só roubou sonhos como nos estigmatizou como time do quase, sempre parado pelo apito inimigo. Agora, já pode voltar à sua insignificância, carniceiro.  A ti, ofereço a indiferença. Vencemos porque aprendemos a vencer nossos próprios medos.

Foi lindo! Foi tão épico assim como foi também tão banal. O Galo nos tem feito acreditar que são normais vitórias, viradas fantásticas e goleadas. Foi sofrido, foi emocionante como só o Galo saber ser. Mais uma vez e sempre! Sim minha amiga, do mundo virtual e alvinegro, Elen CAMpos Munaier, “a sorte se apaixonou perdidamente pela gente”. Só espero que isso seja definitivo.  

Vamos com tudo para final. Vamos com o foco, a fé, o grito, a raça e a humildade de sempre. Será a primeira final entre times mineiros. Será a primeira vez que um vai tirar do outro um titulo, verdadeiramente, valoroso. Será a primeira vez do Atlético em uma final de Copa do Brasil. De ser o primeiro, a história conta que nós entendemos. 

#Faltam2
#AvanteGalo