Pela primeira vez, o
Galo conquista a Copa do Brasil na primeira decisão de um título nacional entre
os times mineiros
por Priscila Oliveira
O Atlético venceu por 1
a 0 o yale na noite dessa quarta-feira, 26 de novembro, no Mineirão. A partida
marcou o jogo de volta, da final inédita entre os mineiros pela Copa do Brasil. No placar agregado, 3 a
0 no lombo da raposinha felpuda, dentro do salão de festas atleticano. Primeiro
título da competição conquistado de forma incontestável do início ao fim.
O Galo foi o grande
caçador dessa história toda. Abateu facilmente um porco nas oitavas de final. Foi
golpeado fortemente por gambás e urubus e em lutas épicas virou o jogo e matou ambos pelas quartas e semifinal, respectivamente. Depois de tanta emoção e viradas
heroicas era a hora de caçar o último bicho para levantar a taça. E, o Galo não
quis nem saber, encurralou, sufocou, dominou a raposa no jogo de ida e no de
volta, e conquistou a taça.
Nem o jogo de nervos
que o lado de lá fez, em torno de ingressos, desestabilizou um Galo determinado
a fazer história, e fez. Um Galo ainda mais forte e vingador que, depois de
lutas intensas para abater inimigos nacionais históricos, se deparou com um velho
rival da cidade. Com a boa vantagem conquistada na primeira batalha, restava
administrar a última.
E nem foi preciso
ativar o “modo Atlético”. O Alvinegro novamente colocou o yale na roda. Mais
uma vez, o time azul não conseguiu furar a rede de Victor, que mal teve
trabalho. Foi parado, de novo, pelo paredão formado por Jemerson (como joga esse
moço) e Leonardo Silva. Jemerson grudou no tal do Moreno igual um carrapato. O
palestra foi seduzido pelas rápidas subidas de nossos laterais Marcos e Douglas,
que voltavam para a marcação com a mesma velocidade. Foi desarmado pelo experiente
Donizete, que acabou expulso injustamente, e pelo jovem Rafael Carioca. Foi envolvido
pelo adorável descompensado do Luan, que machucou e deu lugar ao Maicosuel, e
também pelo argentino Dátolo. Fez marcação forte em Carlos, com medo de levar
mais dois gols do juvenil. E, para arrematar, viu o artilheiro atual dos
clássicos mineiros ser decisivo na final. A cabeçada rara, fuzilante e certeira
de Tardelli, aos 47 do 1º tempo, bastou para a confirmação do título. Desejo
atendido! O craque foi diretamente decisivo para a conquista do título. Beijou
o escudo com uma paixão que só que é Atleticano de verdade, o faria. Muito
mito!
Além de tudo, o time do
ypiranga ainda foi traído pela própria torcida. Os 2 mil Atleticanos calaram os mais de 35 mil celestes. “Eu sei que você treme”. Treme, ainda mais que o próprio time e fica muda! Torcida esquisita a daquele povo. Gritou mais alto só lá
pelos 25 minutos do 1º tempo, se emudeceu com o gol e assim permaneceu abafada
pela Massa até o final quando, ao ouvir o apito, soltou o grito com toda
força. Mas, torcedores não deviam empurrar o time durante o jogo? Eu hein! Entendi nada.
Voltando ao jogo, sabe
aquele dia em que o time joga certinho? Foi assim, uma partida tecnicamente
perfeita na primeira final e o primeiro título de Copa do Brasil Atleticano. Como
conhece o yale, esse Levir! Vários atleticanos devem ter achado o jogo estranho,
sem nem um susto, sem nem um "milagrezinho" de São Victor, sem emoção mesmo e o drama peculiar. Tudo
certo, às vezes, é bom variar a forma de conquistar os objetivos. O importante
é conquista-los! Fato é que o Atlético mudou mesmo e pra sempre.
Comemora Atleticano
porque esse título tem muito do seu grito. Mas, principalmente, comemore ser Atleticano. É C.A.M.peão! Com uma campanha irretocável e, especialmente, heroica
como só acontece com o Atlético.
Muito obrigada ao time todo!
Saudações
Atleticanas!!!
Fotos: Site oficial do Atlético
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