por Priscila Oliveira
E, na primeira batalha mineira,
inédita, pelo título da Copa do Brasil, deu Galo! O Atlético venceu por 2 a 0 o Yale na
noite dessa quarta feira, 12 de novembro, no estádio Independência. A partida
foi a primeira da final da Copa do Brasil 2014. Com a vantagem de dois gols, o
Alvinegro pode até perder por um gol de diferença que estará classificado, ou
até por dois gols de diferença, caso marque um na decisão. A partida que
decidirá o campeão será na quarta-feira, 26 de novembro.
O Galo atraiu a raposa para o alçapão
no qual dificilmente os adversários saem vivos: o Horto. Os simpatizantes
recuaram, dispensaram as entradas para o confronto e na madrugada anterior, rodearam
o estádio de milho, como provocação. Ignorantes! Além de ser o principal
alimento na dieta do Galo, não sabiam eles que dentre as várias simbologias e
significados religiosos, pagãos e de civilização, por exemplo, na cultura dos Maias, o milho representava a prosperidade e
a abundância. Joga mais que tá pouco!
Na plateia da Arena, uma Massa única, enlouquecida,
agitada e confiante em um triunfo histórico do Galo sobre a raposa, incendiou o
primeiro duelo.
Em campo, um Galo forte e vingador fez
jus aos sacrifícios, de todos os tipos, que seu povo fez para estar ali. Assim,
foi pra luta como se lutasse pelo pão de cada dia. O vento, adversário
conhecido, dessa vez não deu as caras. Em seu lugar, forças obscuras do futebol,
que estranhamente só aparecem em importantes decisões, tentaram desestabilizar as estruturas. Os dias
anteriores ao confronto não foram fáceis, inimigos feitos na justiça e na
imprensa tomaram a dinheiro arrecadado com a luta e pintaram o Galo de vilão
para além das Minas Gerais. Tudo em vão!
Ah! Esse lutador já superou coisas
maiores que esses artifícios. Inabalável aos fatos externos às quatro linhas do
campo de batalha, o que se viu foi um Galo caçador que aniquilou a força da
raposa. Ludibriou o animal, fez com que ele acreditasse que poderia dominar
aquele terreiro. No embalo da Massa, o Galo deu corda e a raposa se enforcou. Por
muito pouco não morreu. Ainda tem uma sobrevida, mas saiu agonizando e procurando culpados por um duelo no
qual mal conseguiu esboçar reação. Foi dominada
e os golpes vinham de todos os lados e pelo meio. Saiu do Horto tonta com a
quantidade de artifícios de ataque que o Galo apresentou. O mais novo e mortal
deles, o “latereio” do
Marcão de onde nasceram os dois golpes que feriram fundo o bichano. Duas
chibatadas alá Luan e Jésus Dátolo. Nem foi preciso usar a metralhadora. Essa
está guardada para possível necessidade no confronto derradeiro.
Saiu atordoada a raposa, coitada! Mal
atacou. Ficou presa em um meio de campo minado com Donizete e Josué. Parou na barreira da defesa atleticana, um verdadeiro escudo que não deixou
passar nem pensamento nessa noite. Defesa comandada por um veterano de qualidade
indiscutível e respeitado, o capitão. Ao lado dele, um jovem aspirante ao cargo
que se agigantou nesse duelo. E pra finalizar, um santo, para o caso de erro na
comunicação dos dois.
O bichano saiu com o rabinho entre as
pernas, mas manteve o ar superior. Não reconheceu os próprios erros, quem dirá
a qualidade do adversário que o venceu. Saiu nomeando fatos e culpados pela
derrota. O Galo, vencedor dessa primeira batalha, calejado, manteve a humildade
e o foco nas declarações. Já esteve do lado de lá, de quem é vencido fora dos
domínios, por dois tentos de diferença, e preferiu a cautela. A própria história atleticana mostra que dois
gols de frente podem não significar nada sem a humildade de encarar a próxima
batalha com a mesma seriedade. E tem também aquela história, se o futebol justo
fosse, poderia até dormir com um pouco de paz pelas próximas duas semanas, como
nem sempre é, todo cuidado com esse bicho capcioso.
Só pra constar com a vitória o
Atlético chegou grande marca de 59 vitórias em 83
jogos, mais 21 empates e 3 derrotas. Foram 178 gols a favor e 66 contra, um
saldo 112 e um aproveitamento 79,5%.
#Falta1
#AvanteGalo
Saudações Atleticanas!!!
Fotos: Site oficial do Galo e Daniel Teobaldo (@daniteo)
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