quinta-feira, 7 de maio de 2015

Galo raçudo empata no último minuto e está vivo na luta pela classificação

Da série “Não é milagre é Atlético Mineiro”


Em mais uma disputa ao melhor estilo Galo de ser, o Atlético empatou em 2 a 2 com o Internacional de Porto Alegre nesta quarta-feira, 6 de maio, no estádio Independência. A partida foi válida pelo 1º jogo das Oitavas-de-final da Copa Bridgestone Libertadores da América de 15. Com uma vitória simples ou um empate, acima de dois gols, o Atlético segue na competição. A repetição dos 2 a 2 leva a disputa para os pênaltis. E, do jeito que o Galo é, não duvido que aconteça essa proeza e que o raio, dessa vez, caia lá em Porto Alegre, só para variar um pouco.

“A emoção no Atlético não é opcional, ela é de série”. A definição é de São Victor do Galo, e o time segue a risca o sermão do santo. Jogadores e torcedores parecem viciados em emoção, adrenalina, endorfina e fé. Bota fé nisso!

Depois de uma decisão, literalmente, “quente” do campeonato mineiro, talvez se pudesse imaginar que um jogo tão importante da Libertadores fosse mais técnico, menos intenso emocionalmente, mais racional, já que é só o primeiro jogo e a decisão será lá no Sul. Até parece! Quando se fala do Alvinegro nada de águas calmas e serenas, aqui tem muita onda, é mar agitado desde sempre. E nada flui assim, tão tranquilamente. É outro ritmo, é coração antes da razão.

Então, o Galo quis logo, no primeiro minuto de bola rolando, dar um Up na partida e entregou o gol para o saci. Muita gente ainda estava na fila para entrar no estádio, quando o placar já era adverso. Pronto! Criou-se o cenário perfeito para o Galo forte e vingador partir pra cima deles com intensidade, lutando pelo pão de cada dia, pelo gol, por uma vitória ou, ao menos, por um placar menos ingrato. Definitivamente, jogar a toalha não faz parte de quem é Galo em campo e, muito menos, de quem é nas arquibancadas. Só deu Galo! Depois das tentativas de Rafael Carioca, Lucas Pratto e Leonardo Silva, foi Douglas Santos quem chutou forte de pé direito, antes da entrada da grande área para deixar tudo igual, aos 14 minutos do 1º tempo.

O Alvinegro foi só pressão! Domínio de jogo expressado nos quase 64% de posse de bola atleticana e nos cerca de 400 passes certos. Não fosse a cera do goleiro colorado, o Atlético teria ainda mais posse de bola; não fosse o apito mal intencionado que inverteu falta, apitou falta demais, e deixou de marcar um pênalti para o Galo, o placar poderia ter sido mais condizente com a realidade alvinegra, não fosse a sorte, ainda indecisa, mandar duas bolas na trave, poderia ter acontecido uma vitória expressiva. Mas, aqui é Atlético. Tudo tinha que ser como foi mesmo.

Sobrou emoção, raça, luta e faltou a frieza na hora da finalização. Frieza típica do sul. Na única chance que o Inter teve de fazer gol no 2º tempo, ele fez. De novo, o saci lazarento estava à frente no placar. Mas, as travessuras do tal brincalhão do gorrinho vermelho foram cessadas pelo poderoso grito da fé do “EuAcredito”. A colorada no tom da arrogância, que lhe é peculiar, debochou do “Eu Acredito” Atleticano. Não sabiam, que toda vez que uma torcida adversária o cantou, o milagre para o Galo aconteceu. A Massa respondeu mais forte e mais alto. E, aos 49 minutos do 2º tempo, o zagueiro Leonardo Silva cabeceou na trave, a bola voltou e ele furou, mas a na terceira chance, o capitão deu um basta e mandou a pelota para o fundo das redes. Êxtase em campo e nas arquibancadas. Corrigindo, “não é milagre é Atlético Mineiro”, é raça, é, simplesmente, acreditar. Fé é imã!

O final dessa história será na próxima quarta-feira, 15 de maio, no Beira Rio. No currículo, o Atlético tem um tabu de 29 anos sem vencer por aquelas bandas. E, como esse time gosta de mudar a história... Eu acredito!

#Faltam7

Saudações Atleticanas!!! 

Foto: Site oficial do Atlético

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