por Priscila
Oliveira
O Atlético perdeu de 1 a 0 para o Libertad no estádio Nicolás Leoz, em Assunção no Paraguai, na
quarta-feira, 19 de abril. A partida foi válida pela 3ª rodada do Grupo 6 da Conmebol
Libertadores Bridgestone. O Alvinegro segue com quatro pontos e divide a
liderança do grupo com o Godoy Cruz. (Ao final da rodada, o Galo perdeu a
liderança).
O Atlético foi
vencido mais pela chuva que pelo adversário. Ou pela falta de ousadia, talvez.
Com dois dias chuvosos em terras paraguaias, o gramado virou um pasto. Está
certo, que estava ruim para os dois lados. Mas, imagina isso para o time que
está sendo moldado ao toque de bola, à técnica. Assim, o mandante já saiu um "cadim" à frente, porque sabia onde estava pisando e nem permitiu que os
jogadores atleticanos fizessem o reconhecimento do campo de batalha. E o Galo saiu
um "cadim" atrás, ao não optar por outro estilo de jogo, menos técnico e mais
raçudo, no abafa de outrora, já que não havia condições para toque de bola.
Faltou ao time de
Roger chutar a gol, arriscar... Quatro finalizações em 90 minutos foi pouco.
Faltou chutar de longe, de perto, de qualquer jeito. “Chuvera" bola na
área do adversário. É Libertadores, pô! O time que inventou a raça a guardou
neste jogo. E isso é que difícil de reconhecer. Desculpe se parece exagero, é
que derrota em Libertadores toma maiores proporções.
Quatro meses é um tempo
razoável para o treinador mostrar serviço. Tem gente que ainda acha cedo para
maiores cobranças. Acredito que seja hora de ligar o alerta. Antes apertar o cinto agora que chorar
depois.
Também acredito
que, às vezes, o técnico se apega tanto ao seu estilo de jogo, está tão fechado
naquilo e não quer dar o braço a torcer que acaba não percebendo que o tempo, a
atmosfera, o clima, o cenário mudaram. E o jeito de jogar do time também deve mudar,
tem que ter alternativas para não abdicar da vitória, ou no mínimo lutar por
ela até o fim. A forma como se perdeu este jogo é que preocupou.
Por ora, isso não
é cobrança para que o time voe e ganhe de todo mundo, é um pedido por criatividade,
chutão, luta, atitude/vontade. Afinal, nem sempre as condições serão totalmente
perfeitas para jogar um futebol de almanaque, de fundamentos perfeitos. “O ótimo
é inimigo do bom”, já dizia o sábio. Então Roger, arruma a casa aí que a Massa
vai junto!
Saudações
Atleticanas!!!
Foto: Site oficial do Atlético.
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