É C.A.M.peão!!!
por Priscila Oliveira
Com uma campanha
incontestável, o Atlético sagrou-se CAMpeão Mineiro 2017. O Alvinegro, que
tinha a vantagem do empate, venceu por 2 a 1 o Ipiranga na tarde deste domingo,
07 de maio, no Estádio Independência, na partida de volta da final. Líder na
fase de classificação, melhor ataque, melhor defesa, artilheiro do campeonato (desde
2005, nenhum artilheiro da competição era do time campeão, até este ano). A
campanha vitoriosa contou com 15 jogos, 11 vitórias, dois empates, duas
derrotas e 77,8% de aproveitamento, 32 dois gols a favor e 11 contra. Foi o 44º
título mineiro do Galo, que é o maior campeão de Minas..
É
C.A.M.peão!!! Sem ressalvas, com mérito e
louvor. O povo azul gosta mesmo é de falar demais.
Passaram a semana inteira dizendo que no domingo era o dia de saber quem é
quem. E todos souberam: Atlético campeão mineiro. Porque um campeão é
definido no campo, no futebol e não no grito. E aí, como ensinou o bruxo
Ronaldinho Gaúcho, “quando tá valendo, tá valendo”. Outro mito, Marcos Rocha
deu até a dica, abre o jornal e confere quem é quem...
Em campo o Atlético
jogou muito, enquanto o outro time queria era bater, ou apitar o jogo. O Horto
estava lotado, com o novo recorde de público
(22.411) e o time atleticano pilhado. Aos 12 minutos, já o primeiro gol pra
calar a boca do povo azul. Leonardo Silva roubou
a bola antes do meio de campo e tocou para Robinho. Ele conduziu pelo
meio, passou por dois marcadores e abriu na ponta direita para Fred. O
artilheiro, num cruzamento rasteiro, devolveu para Robinho, na segunda trave,
finalizar para o gol. Atlético 1 a 0. Eram dois contra cinco adversários. Linda
jogada! Aos, 29 minutos, um outro gol “cala a boca”. Elias deu belo passe para Robinho,
que chutou cruzado para o fundo da rede. Mas só o bandeirinha viu impedimento e
anulou o gol.
O adversário até detinha
uma certa posse de bola, mas não sabia muito bem o que fazer com ela. O Atlético
mostrou mais qualidade na marcação e no ataque, foi mais eficiente teve as
melhores chances na final.
Aos
sete minutos do 2º tempo, eles acharam um gol. Momento em que o Atlético recuou,
quase perdeu o meio de campo, dificultando o contra-ataque. Mas Roger, que não
é bobo, fez ótima leitura do jogo e sentiu a necessidade de um velocista para
arrancar o time. Aos 19 minutos, colocou Maicosuel no lugar de Otero e, aos 23,
Cazares no lugar de Robinho. Era o fôlego que o time precisava. No primeiro
toque de bola, Cazares fez grande jogada individual, foi driblando todo mundo,
entrou na área, cruzou para Fred, que perdeu o gol.
Aos
24 minutos, Marcos Rocha roubou a bola do tal do Sobis na defesa, avançou pela
direita, passou por um marcador e tocou para Cazares. O muleque, em velocidade,
conduziu bola pelo meio e tocou na ponta direita para Elias encher o pé e fazer
um GOLAÇO. Atlético 2x 1. Pra calar de vez a boca azul. O gol levou a Massa ao
delírio! Depois disso, foi só administrar as investidas do adversário e tentar
alguns contra-ataques. Fábio Santos e Cazares por muito pouco não fizeram seus
gols.
Grande
atuação do zagueiro Gabriel, que mostrou evolução desde as falhas cometidas em
jogo da Libertadores. Outro que jogou e tem jogado muito foi Marcos Rocha, simplesmente
o melhor lateral-direito da história do Atlético, e do Brasil na atualidade. A
jogadaça que ele iniciou para o segundo gol alvinegro foi para coroar a raça e a
dedicação de sempre do jogador. O volante Adilson foi outro que jogou
muito, quase um “Adilson Donizete”. Roger descobriu em tempo que, com o volante
em campo ele resguarda mais sua defesa e libera o Elias, deixando o meio de
campo mais forte e com liberdade para criar.
Ele fez
grandes defesas só no finalzinho do jogo, mas é preciso falar da atuação do
goleiro Victor. Santo e profissional. O pai internado na UTI e todos só
souberam no final do jogo e da boca dele. Emocionado revelou à imprensa o drama e
mostrou o profissional que é. Força Santo!
Título
de uma campanha vitoriosa que foi finalizada na estratégia do técnico atleticano.
Como Fred bem descreveu, o Roger deu um nó tático no adversário nas finais. E
foi isso mesmo! Mas, a maturidade do time não pode ser julgada apenas pela
final do Mineiro.
A equipe está assimilando uma nova filosofia de trabalho e desde
a cobrança que caiu sobre o técnico nos jogos contra URT (foi chamado de burro)
e Libertad, Roger promoveu mudanças,
ao mesmo tempo que o time parece ter se unido mais em prol do trabalho proposto
por ele. E, aí quando ele descobriu que o time rendia melhor com três volantes
(um falso), (precisamente no jogo de ida da final e no jogo de quarta-feira pela
Libertadores), foi como o “pulo do gato”. Méritos de Roger que ganhou o
campeonato, o vestiário e, também, mais tempo e tranquilidade para trabalhar. Considerando
essa leitura, de evolução do futebol da equipe e de padrão de jogo, do poder de
decisão de jogadores chaves, esse título vale muito sim e tem que ser
considerado. O Atlético de Roger passou bem pela segunda prova do ano*.
No
mais, tem coisas que não mudam, quando “tá valendo, tá valendo”! #VamuGalo
#ÉCAMpeão #44vezesAtlético #MuitoObrigadaAoTimeTodo
Saudações
Atleticanas!!!
Foto:
Site Oficial do Atlético
*Considerei a classificação para as
Oitavas da Libertadores, como a primeira prova.
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