por Priscila Oliveira
E o Atlético perdeu por 2 a 0 para o Tombense,
na noite dessa quarta-feira, 5 de fevereiro, no Independência. A partida foi
válida pela 3ª rodada do Campeonato Mineiro. Com o resultado, o Alvinegro
manteve os quatro pontos e está em 7º lugar.
Sabe que o Atlético
até começou bem, mesmo com um time frio em campo. Passado 18 minutos de bola
rolando, o Galo tinha errado apenas três passes, mais posse de bola, duas
grandes chances de gol com Jô e uma do adversário. Mas, sei lá, a bola não está chegando bem ao ataque. Um toque irritante de pé em pé que não é do Galo, já
falei.
Aí veio o gol do
Tombense, aos 25 minutos, e com ele a nítida desorganização do time atleticano, o fraco e
desfalcado sistema defensivo enfim... O adversário cresceu depois do gol,
naturalmente, porque o Atlético foi para o ataque, desorganizado e
proporcionando contragolpes.
O time, bom o
time estava um tanto depressivo entende? O intervalo veio e com ele vaias.
Para a volta do 2º tempo,
entrou Berola no lugar do apagado Guilherme, que só gosta de fazer gols
decisivos. Enfim, não deu certo. Aos 9 minutos, o time teve boa chance com o Fernandinho
e depois só aos com Tardelli, aos 21. Sentiu o drama de um time que ficou conhecido
pelo ataque? Pouco antes disso, aos 18 minutos, o treinador tira Fernandinho, o que mais buscava e fazia boas jogadas, para a entrada de Leonardo, o renegado e
que voltou. Foi assim que o Horto conheceu o grito de “burro, burro”!
Aos 22 minutos, Marcos
Rocha, o melhor jogador do time nesse jogo e o mais regular nas três partidas do
Mineiro, foi expulso injustamente. Aí o buraco que já se percebia no jogo do
time atleticano, ficou mais evidente ainda com um jogador a menos.
Aos 40 minutos, Berola
sofreu falta dentro da área, Tardelli foi pra cobrança e perdeu a chance de
empatar a partida. Parece que quis perder, sei lá. Pareceu mais um recuou da
bola para o goleiro que uma chute para o gol. Como se o craque quisesse dizer
que o que estava acontecendo internamente no time é mais importante que um gol
de empate. Depois veio mais um gol do adversário e pronto, fim de
invencibilidade. O que foi até o de menos nesse jogo.
Enfim, o que foi
mesmo o diferencial do Atlético ano passado? A ligação direta ataque defesa sim,
o quadrado mágico flutuante com os quatro jogadores onipresentes que confundia
a mente dos adversários. Somado a isso, uma sintonia do time com a torcida que,
meu Deus, coisa linda! Foi uma das poucas vezes que a Massa, que tanto
contagiou os jogadores que passaram pelo Clube, acabou contagiada por um time.
Mérito do Cuca, que mesmo sendo rejeitado pela maioria no início, soube colocar
a trupe para jogar com-e-para a Massa. Até mesmo porque foi treinador do outro
time da cidade e sabia da força dela. Cuca ficou seis jogos sem vencer quando
chegou ao Alvinegro. Mas, eram jogos que, pelo futebol apresentado, dava
esperança ao torcedor de acreditar que o time todo torto ia endireitar. Fora um
jogo aí que é melhor esquecer mesmo. Enfim, o Atlético antes da técnica, da tática
é paixão (ainda existe isso sim), é movido por essa sintonia time e torcida. Sem
esse laço “visível”, nada feito.
Aí vem o Kalil e
coloca o Autuori no comando do time campeão da América contra a vontade de
toooda a torcida atleticana. Não se trata do mesmo tipo de rejeição que o Cuca
sofreu porque apesar de vir do Yale, ele havia feito de ótimos trabalhos por
onde passou. Particularmente, queria o Cuca no Galo bem antes dele ir para o
rival mineiro. Sempre o achei a cara do Galo e não é por causa do azar, como
dizem muitos por aí, é mesmo por causa da passionalidade, da emoção que ele expressa
em todo momento, em toda entrevista que dá. Motivador nato!
Voltemos ao Autuori e
em três jogos apenas empatamos com o Minas, vencemos o Nacional e perdemos para
o Tombense e em todas essas partidas, em algum momento, fomos dominados por
esses times do interior mineiro. Semana que vem tem Libertadores e aí? Ele é da
turma da velha guarda dos técnicos brasileiros e frio demais. Nada a ver com o
Galo, não houve química, não houve sintonia e tenho sérias dúvidas se haverá,
como foi com o Cuca, porque desconfio que ele não vá conseguir fazer a torcida abraçar
o time, contagiar os jogadores e, muito menos, ela será contagiada por esse futebolzinho
que estamos vendo até agora.
Nem precisa explicar
isso, porque o Atleticano que acompanha o Clube está sentindo isso, até aqueles
que não se permitem julgar o trabalho por apenas três jogos estão sentindo isso.
A sensação é parecida com aquela ‘coisa de pele’ dos apaixonados. Ou se tem, ou
se não tem. Não tem Kalil #Fail
Quero estar errada,
torço para estar, afinal foram três jogos apenas em 15 dias de trabalho. Mas,
são anos acompanhando o futebol e ainda sou mulher, tenho 6º sentido... É o tal
do meramente “Algo me diz que”... Toc toc toc madeira...
Vamos acordar Galo!
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