quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Déjà vu Atleticano – Atlético é vencido na primeira batalha da semi




por Priscila Oliveira

Déjà vu! O Atlético foi vencido por 2 a 0 pelo urubu nessa quarta-feira, 29 de outubro, no Maracanã. A partida foi válida pelo jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil. Em casa, na próxima quarta-feira, dia 5/11, o Alvinegro terá a mesma missão da fase anterior. Vai precisar de um placar de 2 a 0 para levar a decisão para os pênaltis, ou um de 3 a 0 e ficar com a vaga na final, que são os caminhos mais fáceis. São Victor bem disse essa semana: "A emoção no Atlético não é opcional, ela é obrigatória". E a única certeza possível para a partida de volta é que será com emoção, como sempre.

Show mesmo foi da Massa no Maracanã, que bem em menor número calou por vezes a tal da rubro-negra. Cantaram até no intervalo como relatou, diretamente, do Rio de Janeiro o amado, que teve o privilegio de ir apoiar o time.

Em campo, o Alvinegro esteve desconectado da partida. Não vestiu o espírito de decisão que a ocasião exigia. Faltou um "cadin" mais de vontade para converter os quase 52% de posse de bola em jogadas efetivas para o gol e, quem sabe, gol. O time criou pouco. Não adianta ter tanto passe certo (478 a 336) se eles não são bem articulados no meio de campo. E quem era para comandar os serviços dali era o meia Dátolo, já que Guilherme, contundido, ficou de fora. Ao contrário do que se esperava, o argentino esteve apagado, quer dizer, esteve mal mesmo. Outro que sempre dita o ritmo do time, normalmente, e que não esteve tão bem é Marcos Rocha. O lateral teve lá umas três chances de marcar seu gol, mas falhou na marcação, principalmente, na jogada que resultou no pênalti e gol do urubu. Culpa tão grande como a de Edcarlos que teve várias chances de tomar a bola do adversário ou fazer a falta antes da área, mas foi deixando o rival passar. Menos culpa teve o volante Josué neste lance. Aquele peixinho desajeitado, infantil, lançado aos pés do adversário, que efetivou a marcação do penal contra, foi um ato de total desespero para tirar a bola. Josué teve mais culpa ao longo do jogo, na omissão de algumas jogadas, nos poucos desarmes e em passes e saídas erradas de bola.

E, mesmo com essas falhas do time Atleticano, teria sido mais normal o Galo ter saído com a vitória e não o contrário. Acontece é que em partida de decisão, o time pode chegar ao ataque, apenas por duas vezes e fazer os gols exatamente nessas chances, e foi mais ou menos isso que aconteceu com o Alvinegro. Dominou o jogo e viu o adversário ser efetivo nos ataques que teve. Dominou mas não brilhou. Um time apático numa noite em que até Tardelli se apagou. Carlos sumiu e Luan, que entrou no 2º tempo, que incendeia o jogo, esteve mais contido. Pra falar de algo positivo, é preciso citar a valentia do volante Pierre, que saiu do enterro do irmão direto para o campo.

Enfim, 2 a 0 contra e mais uma vez o #EuAcredito será a trilha sonora do jogo de volta. Tomara mesmo que seja a sina do Atlético virar placares de 2 a 0 de jogos importantes. O Galo, dos últimos anos, tem ensinado um pouco sobre fé e sobre a inexistência do impossível com luta e determinação. Mas, tem de haver luta e determinação. Déjà vu!

Ninguém falou que ia ser fácil! Eu escolho acreditar. De novo e mais uma vez, e sempre!

#Faltam3


Saudações Atleticanas!!!

domingo, 26 de outubro de 2014

De virada, Atlético vence e é o vice-líder



por Priscila Oliveira

E, de virada, o Atlético venceu por 3 a 2 o Sport na noite de sábado, 25 de outubro, no estádio Independência. A partida foi válida pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o Alvinegro somou 54 pontos, é o vice-líder da competição, a sete pontos do primeiro colocado, o Ypiranga. Foi a 5ª vitória consecutiva do Atlético em casa.

Acredito que está pra ser fundado um time que vence mais os adversários de virada que o Galo. Está aí, uma bela pauta para os jornalistas esportivos: pesquisar qual é o verdadeiro time da virada em todos os tempos. Porque nos últimos tempos só tem dado o Galão. Virada que teve um sabor especial porque o time, a cada rodada, se firma no G-4 e por alcançado a vice-liderança, mesmo que temporária. (já que o São Paulo, que tem 53 pontos, fecha a rodada nessa segunda-feira 27/10 contra o Goiás. Sequemos!).

O Atlético virou, mas o Sport, mesmo em má fase, não vendeu fácil o resultado. A equipe de Pernambuco quis engrossar para o lado do Galo e, mesmo com o dono do terreiro pressionando, foi o Sport quem abriu o placar aos 17 minutos do 1º tempo.

Antes mesmo do gol adversário, sem Tardelli no ataque (suspenso por expulsão no último jogo), foi Maicosuel quem comandou tudo lá na frente. Jogou muito bem. O que mais chama atenção no Atlético remendado (sempre desfalcado) de Levir é a disciplina e a frieza. Sempre que toma o gol primeiro, não parece sentir o peso de estar atrás no placar, ainda mais jogando em casa. Assim, o Galo partiu pra cima do Sport e, antes do empate, desperdiçou grandes chances na falta mal batida de Dátolo, na cabeçada rente à trave do zagueiro Tiago, ou ainda, na boa chance de Carlos que acabou desarmado.

Aos 34 minutos de 1º tempo, a virada começou a se desenhar na cobrança de falta, perfeita e linda, do estreante zagueiro Tiago. Atlético 1 a 1. Estaria nascendo mais um zagueiro-artilheiro para as bandas da Cidade do Galo? A torcida foi à loucura e, no embalo dela, o Alvinegro buscou ampliar o marcador, ainda na etapa inicial. Jemerson e Alex Silva tiveram boas chances de ampliar, antes do término do tempo.

Com Pierre no lugar de Alex, o Atlético voltou do intervalo “só” disposição e, logos aos dois minutos, o argentino Dátolo, na entrada da área, deu um belo chute no ângulo sem chances para o goleiro e virou. Atlético 2 x 1.

Tão rápido como o segundo gol atleticano, foi a expulsão do goleiro Victor aos sete minutos. O arqueiro levou o cartão vermelho ao sair da área e fazer falta no adversário. Talvez, um cartão amarelo tivesse sido suficiente, mas... O goleiro Uilson (reserva do reserva Giovanni) assumiu a posição e foi bem.

A confirmação da virada, veio da ressurreição do atacante Carlos, que andava devendo um golzinho desde o último clássico mineiro. E foi um gol de puro oportunismo e insistência do jovem atacante. Aos 23 minutos, Maicosuel chutou da entrada da área, Carlos aproveitou o rebote do goleiro para fazer Atlético 3 x 1. O Alvinegro levou o segundo gol, aos 32 minutos, mas conseguiu segurar a tentativa de reação do Sport e confirmar a vitória.

Vida difícil é a do técnico Levir Culpi. Faz um bom trabalho e quando ganha, até que a torcida reconhece, mas basta um golzinho do adversário no início da partida e o Galo sair atrás do placar, que seu comando é questionado e chove de crítica nas redes sociais. Torcedores de pouca fé. Ainda duvidam do Atlético, como disse acima, sempre “remendado” de Levir. O tal do “burro” com sorte mostra cada vez mais que é menos burro, mais conhecedor do elenco que tem e, raramente, tem contado com a sorte. O que há é muito trabalho, seriedade e entendimento de futebol para montar um time diferente a cada rodada e, mesmo assim, conquistar os bons resultados que colocaram o time na vice-liderança. Eu já reconheci o trabalho do treinador atleticano há tempos, e você?

#AvanteGalo


Saudações Atleticanas!!!


quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Atlético dá show de bola, goleia de virada e elimina o favorito Corinthians no Mineirão





por Priscila Oliveira

De forma épica, mais uma vez, Galo contradiz a própria história. Foi lá, jogou tudo o que podia fez os gols necessários, virou, goleou e está na semifinal da Copa do Brasil 2014.

 O Atlético venceu por 4 a 1 o Corinthians, de virada, na noite dessa quarta-feira, 15 de outubro no Mineirão. Estádio que mais uma vez foi o palco de mais um triunfo heroico atleticano. A partida foi válida pelo jogo de volta das quartas-de-final da competição. O adversário do Alvinegro na semifinal será o Flamengo.

Em mais um acerto de contas com a história, digamos que o Corinthians foi para o Atlético, o que o São Paulo foi na Libertadores de 13. Mesmo com o Galo saindo à frente do placar no primeiro jogo das Oitavas daquela disputa, o time enaltecido, favorito, foi o tricolor paulista que chegou com o ego inflado pela confiança que a imprensa do eixo depositou nele. Tal qual o timãozinho este ano, que não só chegou todo confiante como saiu na frente no placar. Só esqueceram de avisar ao bando paulista que o Atlético mudou muito desde que eliminou aquele ‘soberano’ tricolor no ano passado.  O “todo poderoso” levou um, dois, três, quatro gols, a virada e, junto com a torcida fiel emudecida, colocou a viola no saco e tomou o caminho de volta à Itaquera digerindo o orgulho e a arrogância para reconhecer todo o mérito da vitória irretocável do Galo forte e vingador.

Eram esperados cerca 60 mil pessoas para a festa, mas pouco mais de 32 mil torcedores atleticanos compareceram. Como cada atleticano de fé valem por dois, o número de presente não fez a mínima diferença (talvez financeira). O gol corinthiano Guerrero logo aos 4 minutos do 1º tempo poderia ter sido o golpe fatal, mas surtiu o efeito contrário. Inflou a Massa, tranquilizou o time e fez a grande diferença dos paulistas no placar começar a virar pó. 

As vozes ensandecidas do povo foram o combustível para, aquilo que o comentarista Paulo Vinícius Coelho chamou de, o Galo carrossel de Levir. Que começou a girar no ritmo da classificação aos 23 minutos, quando Guilherme tentou lançar para Luan e a bola parou no gol. Na opinião de quem vos escreve, o gol foi de Guilherme mesmo, não parece que a Luan tenha encostado na bola. Na súmula gol de Luan. O que importa: Atlético 1 a 1. Aos 31 minutos, novamente Guilherme chutou de fora da área, a bola desviou na zaga e matou o gigante e abelhudo goleiro Cássio no lance. Atlético 2 a 1.

O Galo era dono do terreiro, era mais cá do que lá. Quem acompanhava o jogo sabia que o terceiro gol era uma questão de tempo. O que ninguém previa era que o gol viria dos pés de Guilherme de novo. Aos 29 minutos do 2º tempo, como num lance de sinuca, Douglas Santos tacou a bola na área, ela rebateu em Carlos e sobrou para o meia encaçapar. Atlético 3 a 1. O Divino poupou o calejado coração atleticano e a cabeçada de Edcarlos aos 42 minutos do 2º tempo colocou o time direto na semifinal e levou ao delírio os torcedores. Uma explosão de alegria tomou conta das arquibancadas. As reações dos torcedores lembraram em muito a do título da Libertadores, afinal do outro lado estava o Corinthians que tantas vezes roubou o sonho atleticano do ápice.

Vitória que começou com Diego Tardelli que estava a serviço da Seleção, viajou um dia para chegar em Belo Horizonte e ir direto para o estádio, colocar o uniforme e ir para a batalha. O resto da trupe colocou mais que o uniforme e se se vestiu com a vontade do craque. Mito, ídolo de verdade dá exemplos para mostrar que ainda há amor à camisa no milionário mundo da bola. O amor, a vontade de Tardelli foram tão importantes quanto à frieza de Guilherme nessa disputa, assim como em outras decisões históricas do Clube. Sim, três gols dele (Luan não tocou naquela bola, embora merecesse), fora as assistências durante a partida. Foi o herói da vez. Vitória que passa pelos pés e raça do adorável descompensado Luan. Ainda com as costelas fraturadas lutou bravamente, deixou o campo em prantos por prevenção. Passa por um goleiro que não se abate e se mostra solidário, deixa espaço para outros serem protagonistas. Passa ainda pela qualidade de Marcos Rocha e Donizete, a expectativa da bola na trave de Carlos, a promessa de solução definitiva na lateral-esquerda com Douglas Santos. Tem a correria de Maicossuel e Marion e a seriedade de Jemerson que falhou, mas salvou outras tantas. Tudo somado a uma fé fortalecida da Massa. Deu Galo de novo!

Por trás de tudo isso, um árduo e inteligente trabalho do técnico Levir Culpi. O treinador, que lida diariamente com o grande número desfalques, escalou Tardelli por telefone, treinou o posicionamento do time em campo por palestra e fez destruir o consistente e reconhecido sistema defensivo corinthiano. Podia ter sido de mais. Pelo menos de mais um gol, o de Marcos Rocha que, ao ver a meta sem goleiro, arriscou ali da linha do meio de campo e a bola viajou com destino certo, mas o jogador adversário Fagner salvou o beijo dela na rede. Tá bom! Não precisava de mais. Que essa bola entre contra o adversário da semi.

Se o técnico Mano Menezes inventou uma dancinha de comemoração de vitória lá no Itaquerão, quem aprendeu a dançar e fez apresentação ao público foram os jogadores atleticanos, e parte da comissão técnica, ao final da partida.  

O Atlético que, em seis mata-matas, nunca tinha eliminado o Corinthians ficou no passado, o Galo que na hora H ficava no quase, também parece ter ficado, é o que todos esperam. Vitória de superação e imposição. É melhor respeitar! Acostumem-se, o Atlético mudou para sempre.

“Só o Atlético mesmo pode preparar uma situação dessas” CULPI, Levir (emocionado)

#Fatam4
#AvanteGalo

Saudações Atleticanas!!!


domingo, 12 de outubro de 2014

Atlético vence, novamente, o São Paulo no Horto

por Priscila Oliveira



E, pelo Campeonato Brasileiro, depois de dois jogos fora de casa com uma derrota para o Criciúma por 3 a 1(26ª rodada) e um empate amargo e sem gols com o fluminenC (27ª rodada), o Alvinegro voltou pra casa, ao “porto-seguro” do Horto, para se reencontrar com a vitória e retornar ao G-4.

O Atlético venceu por 1 a 0 o São Paulo na tarde quente desse domingo, 12 de outubro, no Independência. A partida foi válida pela 28º rodada. Com o resultado, o Galo somou 47 pontos voltou a ocupar o 4º lugar (beneficiado, ainda, pelas derrotas de Corinthians e Grêmio na rodada).

O jogo foi muito disputado, com os times se respeitando muito. O tricolor paulista levou até mais perigo ao gol que o Galo, mas a zaga alvinegra desfalcada tratou de tranquilizar tudo por ali. Assim, quase que o Alvinegro pecou por não chutar mais a gol. Uma única finalização em todo o 1º tempo, para se ter uma ideia. Talvez, resultado da falta de referência no ataque já que Tardelli está a serviço da Seleção, Jô não apareceu no treino e foi afastado e Carlos anda apagado desde o clássico mineiro. Se Jô soubesse a falta que faz, mesmo em má fase, trataria essa infantilidade de “matar” treino com um psicólogo. Se não está conseguindo fazer gols, desde quando foi servir a Seleção na Copa do mundo, forçar saída do Clube vai resolver?  E, se realmente, há problemas particulares, se afaste e os resolva de uma vez por todas. Sem ele, o Alvinegro vai pior com André. Acredito que é melhor um Jô plantado que André em campo. Amigo de Neymar, ele parece se espelhar no craque: fominha, não passa a bola, não tem bom passe e quando está de cara com o gol isola. Chega!

Até Levir perdeu a paciência e, se espera, que de uma vez por todas. No último ataque do jogador, mais um erro primário e foi possível ver o técnico irritado à beira do gramado, imediatamente chamar Marion. Assim, aos 19 minutos do 2º tempo, debaixo de vaias, André saiu de campo galopando vagarosamente como se o time estivesse goleando o adversário. Tomara que tenha saído para nunca mais. Com Marion em campo, o ataque ganhou vida. Não que ele tenha sido tão efetivo assim no setor, mas pelo que criou mudou o astral do grupo. Sete minutos depois da substituição, aos 26, o esforçado lateral-direito, improvisado na esquerda, Alex faz uma linda jogada pelo meio e encontra o combativo Luan livre na área para dominar, tirar do goleiro e fazer Atlético 1 a 0. O lateral, que iniciou a jogada do gol, superou as expectativas atuando bem os 90 minutos, o atacante atendeu a todas elas. Pura raça esse Luan. É preciso frisar ainda que foi pela lateral-esquerda de Alex que surgiram as melhores jogadas de ataque do time.

O técnico Levir apostou no único volante, Donizete, em mais uma boa partida. O treinador ainda contou com a volta de Maicosuel ao time, depois de se recuperar, por mais de um mês, de uma contusão. O meia sofreu com a falta de ritmo. A zaga com o experiente Edcarlos parecendo iniciante e com o jovem Jemerson parecendo experiente, regulou mais uma vez. O lateral-direito Marcos Rocha atuado mais na parte defensiva, sem subir tanto ao ataque, jogou sério como sempre. Quase que o segundo gol do Galo nasceu de um do cruzamento de Marcos. Dátolo foi mais volante que armador da equipe nessa partida. O argentino foi bem e só precisa caprichar mais nas cobranças de falta e escanteio. Afinal, com um time sempre “remendado”, a bola parada pode ser o trunfo para mais vitórias. O novato atacante Cesinha, que estreou no último jogo, contra o tricolor carioca, deixou ótimas expectativas. Junto com Marion, Cesinha ajudou a equilibrar a partida na etapa final.

Até o técnico adversário, Muricy Ramalho, reconheceu a merecida vitória do Atlético na coletiva. Fato é que Levir tem feito uma boa limonada com esse time todo desfalcado e sem tempo para treinar. A maior parte da torcida o critica, mas é o momento de reconhecer o bom trabalho do técnico. Estar em 4º lugar, sem repetir escalação, sabe-se lá desde quando, não é para qualquer um mesmo! Vitória importante contra mais um dito ‘grande’ do campeonato.

O próximo adversário do Galo, pelo Brasileiro, é a Chapecoense no sábado, 17 de outubro, no Independência. Antes disso, o Atlético enfrentará o Corinthians, na quarta-feira, 15, no Mineirão, pelas quartas-de-final da Copa do Brasil.

#AvanteGalo

Saudações Atleticanas!!!

Foto: Site oficial do Atlético

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Atlético domina, mas é vencido em São Paulo




por Priscila Oliveira

O Atlético foi vencido por 2 a 0 pelo Corinthians nessa quarta-feira, 1º de outubro, no Itaquerão. Foi o jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. Com o resultado, o Alvinegro de Minas, se não sofrer mais gols, terá de fazer 2 a 0 para levar a decisão para os pênaltis e 3 a 0 para seguir na competição. Se sofrer gol do time paulista aí a coisa complica, porque o gol fora é critério de desempate.

Em uma partida injustiça daquelas que, vez ou outra, acontecem no futebol, o Atlético que tinha o domínio do jogo, não conseguiu vencer ou ao menos empatar em São Paulo.  Com mais posse de bola (54,32 contra 45,68), mais passes certos (373 a 290), menos passes errados, (30 a 36) e o mesmo número de finalizações (quatro pra cada lado), o time atleticano não conseguiu fazer desse domínio realidade em gols. O adversário abriu o placar aos 24 minutos do 1º tempo, numa cabeçada de Guerreiro em que a bola bateu no travessão e na trave, antes de entrar, dificultando a defesa de Victor. O segundo gol foi aos 36 minutos do 2º tempo, foi irregular. O adversário cobrou a falta, praticamente do meio de campo, o goleiro Victor saiu errado do gol e a bola sobrou na pequena área para o atacante ampliar. Porém, antes de a bola entrar, houve falta no volante Leandro Donizete. Em um daqueles lances em que a arbitragem dificilmente marca contra o time paulista. Enfim, é preciso admitir que também tenha mérito quem teve a competência de empurrar a bola para a rede. Por isso um empate, teria sido mais justo e refletisse melhor o que foi a partida.

Faltaram um capricho maior de Tardelli e Carlos lá na frente, a volta do futebol brilhante de Marcos Rocha e cruzamento mais efetivos de Dátolo. Embora o time tenha sofrido os gols, os zagueiros Leonardo Silva e Jemerson foram muito bem. Assim como os volantes Donizette, como sempre, e Josué. Guilherme com seus lampejos criativos no meio de campo e Douglas Santos segurando a onda legal ali na esquerda. Um time que lutou por um placar melhor sem sucesso.

Como o tempo não volta, resta ao Atlético se preocupar em como tirar a diferença no jogo de volta e seguir sonhando com o título. Hora de limpar a poeira da memória, recordar as melhores viradas de placar, em casa, da Libertadores de 2013, se vestir com a mesma disposição para a luta e fome de título. O palco será o mesmo da final do título mais Galo de todos os tempos, o Mineirão. Onde o Clube tem sido feliz, quando alguma conquista está em jogo. Dessa vez é a vaga de uma semifinal, mas como sabor de final antecipada até, em se tratando de um adversário histórico que já tirou do Galo grandes alegrias.

Depois de um setembro Alvinegro, com quatro vitórias consecutivas (incluindo uma fora de casa), um outubro que começa não tão bom para os atleticanos. Que o mal resultado seja apenas uma daquelas partidas de alerta para trazer o time para realidade e manter a humildade em busca da virada no jogo em casa. O #EuAcredito voltou a ser tendência em BH. Se é que algum dia deixou de ser para a Massa. E, mais uma vez, não é um acreditar por acreditar e sim pelo trabalho que o técnico Levir tem feito, mesmo com a rejeição de parte da torcida. Se na Libertadores 2013, o mantra foi embalado pela fé de Cuca, o da Copa do Brasil 2014 se apoia em um trabalho árduo e lúcido de Levir que, mesmo com tantos desfalques, conseguiu dar liga em um time remendando, devolvendo ainda um espírito de conjunto e luta pela vitória até o último minuto. Em termos de sorte, pode-se dizer que os dois técnicos são compatíveis. A ordem é lotar o salão de festas atleticano e gritar até a garganta sangrar. 

#Faltam5

Saudações Atleticanas


Foto: Esporte Uol