por Priscila Oliveira
Déjà vu! O Atlético foi
vencido por 2 a 0 pelo urubu nessa quarta-feira, 29 de outubro, no Maracanã. A partida
foi válida pelo jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil. Em casa, na próxima
quarta-feira, dia 5/11, o Alvinegro terá a mesma missão da fase anterior. Vai
precisar de um placar de 2 a 0 para levar a decisão para os pênaltis, ou um de
3 a 0 e ficar com a vaga na final, que são os caminhos mais fáceis. São Victor
bem disse essa semana: "A emoção no Atlético não é opcional, ela é
obrigatória". E a única certeza possível para a partida de volta é que
será com emoção, como sempre.
Show mesmo foi da Massa
no Maracanã, que bem em menor número calou por vezes a tal da rubro-negra.
Cantaram até no intervalo como relatou, diretamente, do Rio de Janeiro o amado,
que teve o privilegio de ir apoiar o time.
Em campo, o Alvinegro
esteve desconectado da partida. Não vestiu o espírito de decisão que a ocasião
exigia. Faltou um "cadin" mais de vontade para converter os quase 52%
de posse de bola em jogadas efetivas para o gol e, quem sabe, gol. O time criou
pouco. Não adianta ter tanto passe certo (478 a 336) se eles não são bem
articulados no meio de campo. E quem era para comandar os serviços dali era o
meia Dátolo, já que Guilherme, contundido, ficou de fora. Ao contrário do que
se esperava, o argentino esteve apagado, quer dizer, esteve mal mesmo. Outro
que sempre dita o ritmo do time, normalmente, e que não esteve tão bem é Marcos
Rocha. O lateral teve lá umas três chances de marcar seu gol, mas falhou na
marcação, principalmente, na jogada que resultou no pênalti e gol do urubu.
Culpa tão grande como a de Edcarlos que teve várias chances de tomar a bola do
adversário ou fazer a falta antes da área, mas foi deixando o rival passar.
Menos culpa teve o volante Josué neste lance. Aquele peixinho desajeitado,
infantil, lançado aos pés do adversário, que efetivou a marcação do penal
contra, foi um ato de total desespero para tirar a bola. Josué teve mais culpa
ao longo do jogo, na omissão de algumas jogadas, nos poucos desarmes e em
passes e saídas erradas de bola.
E, mesmo com essas
falhas do time Atleticano, teria sido mais normal o Galo ter saído com a
vitória e não o contrário. Acontece é que em partida de decisão, o time pode
chegar ao ataque, apenas por duas vezes e fazer os gols exatamente nessas
chances, e foi mais ou menos isso que aconteceu com o Alvinegro. Dominou o jogo
e viu o adversário ser efetivo nos ataques que teve. Dominou mas não brilhou.
Um time apático numa noite em que até Tardelli se apagou. Carlos sumiu e Luan, que
entrou no 2º tempo, que incendeia o jogo, esteve mais contido. Pra falar de algo
positivo, é preciso citar a valentia do volante Pierre, que saiu do enterro do
irmão direto para o campo.
Enfim, 2 a 0 contra e
mais uma vez o #EuAcredito será a trilha sonora do jogo de volta. Tomara mesmo
que seja a sina do Atlético virar placares de 2 a 0 de jogos importantes. O
Galo, dos últimos anos, tem ensinado um pouco sobre fé e sobre a inexistência do
impossível com luta e determinação. Mas, tem de haver luta e determinação. Déjà
vu!
Ninguém falou que ia
ser fácil! Eu escolho acreditar. De novo e mais uma vez, e sempre!
#Faltam3
Saudações
Atleticanas!!!
Foto: Site Terra